Educação financeira
 

Entenda como a alta nos juros pode impactar seu orçamento

Entenda como a alta nos juros pode impactar seu orçamento

Juros são o preço do dinheiro: é quanto você paga para utilizar recursos de terceiros quando não banca à vista o que pretende comprar. Eles se definem em um percentual do valor do produto ou serviço adquirido. Portanto, quanto mais altos, mais caro é o total que você irá desembolsar. E quanto mais baixos, maior o estímulo para consumir.

Os juros básicos da economia brasileira – chamados de Taxa Selic – são atualizados a cada 45 dias pelo Banco Central e servem como referência para as operações financeiras no país. Em 2020, a taxa chegou ao seu menor valor histórico, de 2% ao ano. Mas, para tentar controlar a inflação, os juros foram subindo e, em dezembro de 2021, chegaram a 9,25% ao ano, com perspectiva de alta. Veja como essa escalada pode afetar seu orçamento e como se proteger.

Fuja do crédito rotativo no cartão
Utilizado com consciência, o cartão de crédito é um aliado na organização das despesas, porque concentra os pagamentos em um único dia do mês. Mas evite o crédito rotativo, ou seja, pague sempre que possível o valor total da fatura. Em alta acelerada, a Selic impulsiona os juros dos cartões, que já ultrapassam 300% ao ano. Se necessário, avalie tomar um empréstimo com taxas menores para cobrir a despesa atrasada no cartão.

Cuidado com o cheque especial
Assim como o rotativo do cartão, os bancos são livres para definir a taxa do cheque especial. Mesmo com a Selic em 9,5% ao ano, os juros cobrados nesta modalidade de crédito estão perto de 130% ao ano. Essa alternativa é fácil, porém cara. Em caso de necessidade, busque um empréstimo com custos menores ou negocie com seu gerente um prazo para cobrir o cheque especial sem juros, pois muitos bancos oferecem essa opção.

Peça desconto em compras à vista
Pagar em suaves prestações é um hábito do brasileiro, mas saiba que todas as operações embutem juros. Se tiver os recursos, peça um desconto para pagar à vista. Um abatimento de 10% em vez de 12 prestações, por exemplo, já superaria o valor da Selic.

Investimentos pessoais
Geralmente, a alta dos juros beneficia as aplicações de renda fixa, como poupança, CDI e títulos do Tesouro Direto. Por outro lado, as aplicações em renda variável – como ações e fundos de investimentos – tendem a ficar menos atraentes.

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