Necessidade
de uma proposta de adequação do MPC
Diversos
fatores Justificam a necessidade da adequação do Modelo
de Previdência Complementar da Companhia e do equacionamento
do atual Plano Petros.
Em
primeiro lugar, a Secretaria de Previdência Complementar -
SPC, do Ministério da Previdência Social, órgão
fiscalizador da Petros e seus planos, manifestou, em diversas reuniões
com representantes da Companhia e da Fundação Petros,
a impreterível necessidade deste equacionamento, conforme
determinação legal.
De
acordo com a legislação vigente, o déficit
deverá ser equacionado de forma paritária entre as
patrocinadoras e os participantes, ativos e assistidos, por meio
de reajuste das respectivas contribuições ou redução
nos benefícios.Outro aspecto a ser levado em conta é
a determinação da Petrobras de aprimorar a previsibilidade
e a sustentabilidade do atual Plano Petros para torná-lo
sustentável para o futuro, que é o objetivo de um
plano de previdência.
O Plano
Petros possui alguns problemas na sua estrutura que podem colocar
em risco a viabilidade futura se não corrigidos ou compensados
por outros fatores. A solução de alguns destes problemas
está contemplada na proposta da Petrobras.
Vinculação
ao índice de reajuste salarial das patrocinadoras
Em 1984, em função das altas taxas de in. ação
no País, a Petrobras aprovou os fatores FAT/FC para o reajuste
dos benefícios do Plano Petros. Desde então, esse
reajuste está vinculado à época e ao percentual
de reajustes salariais praticados pela patrocinadora para os seus
empregados. Os reajustes dos salários, e conseqüentemente
de benefícios, quando diferentes do indexador IPCA usado
no plano, fazem com que o custeio para os compromissos atuariais
da Petros com os participantes tenham um comportamento imprevisível,
podendo inclusive fazer o custo crescer mais que o esperado.
Vinculação
à previdência social para fins de manutenção
do benefício
Os benefícios do Plano Petros são suplementares às
aposentadorias do INSS, isto é, os valores pagos pelo plano
dependem dos valores pagos pela previdência social. Assim,
as variáveis que modificam os valores pagos pelo INSS, como,
por exemplo, os efeitos do fator previdenciário e os valores-tetos
de benefícios, também impactam o Plano Petros. Estas
variáveis estão fora do controle da Petros, gestora
do plano e, ao longo do tempo, causam desequilíbrios.
Imprevisibilidade
de custos que acarreta volatilidade nas taxas de contribuição
A existência de imprevisibilidade sobre os custos, com impactos
nas taxas de contribuição necessárias, decorre
de alguns fatores estruturais do Plano e é um dos motivos
que levaram a Petrobras a propor a criação de um novo
plano e não apenas o saneamento do atual.
O Plano
Petros é um plano mutualista na fase de contribuição,
isto é, todos contribuem para um fundo comum. Essa característica,
no entanto, causa incertezas, em função do comportamento
da carreira individual dos participantes. Além disso, mudanças
de cenário - por exemplo, um novo cálculo de expectativa
de vida - causam impacto na contribuição mensal dos
participantes. Nesse caso, para assegurar o mesmo benefício,
as contribuições deveriam ser reajustadas. Mas não
bastaria aumentar a contribuição mensal dos participantes
a partir do momento do novo cálculo. Na verdade, cada participante
deveria estar pagando o novo valor desde o início. Se isso
não ocorre, gera-se um déficit no plano. Ou seja,
pequenas alterações técnicas na base do plano
podem gerar grandes passivos.

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