A Petros concluiu o processo de venda de suas cotas em sete Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) no mercado secundário de private equity, com a liquidação da sua participação nos ativos. A venda em bloco representa uma operação inédita no setor de previdência complementar fechada e faz parte da estratégia de desinvestimento e de um processo de renovação do portfólio de FIPs da Fundação.
“Estamos conduzindo um trabalho para fortalecer a governança desta classe de ativos, a fim de criar salvaguardas que inibam a ocorrência de problemas relacionados tanto aos aspectos fiduciários quanto à estratégia de investimentos. Neste sentido, reforçamos os procedimentos de due diligence de gestores e administradores, avaliando a qualificação, o histórico e as estratégias de saída, assim como o modelo decisório. No que diz respeito à estratégia de investimento, passamos a ter uma postura ativa de mapear as oportunidades do mercado, o que melhora muito a capacidade de identificar as boas oportunidades”, destacou o diretor de Investimentos da Petros, Alexandre Mathias, reforçando que os FIPs exercem importante papel para agregar rentabilidade às carteiras, principalmente em um ambiente de queda de juros. “No mundo inteiro, o private equity cumpre um papel importante na diversificação e na geração de um excedente de retorno nos portfólios dos grandes investidores institucionais. A Lei da Liberdade Econômica, ao equiparar o regime jurídico dos FIPs ao padrão internacional que limita a perda máxima ao capital investido, nos dará segurança jurídica e cria uma perspectiva muito favorável”, completou Mathias.
As cotas dos FIPs Óleo e Gás e Brasil Petróleo 1, que investem em projetos do setor de óleo e gás; InfraBrasil e Angra Infra, ligados à infraestrutura; Investidores Institucionais II e Investidores Institucionais III, com atuação diversificada; e Caixa Ambiental foram vendidas para a gestora Spectra Investiments, pioneira em investimentos em private equity no Brasil e na América Latina, por R$ 180 milhões (data base 31/1/2019).
Esta operação de desinvestimento, que faz parte da reciclagem da carteira de FIPs da Petros, teve início em julho do ano passado, com a estruturação de um projeto-piloto para a venda de cotas no mercado secundário. “Um trabalho que nos qualificou para operações maiores e mais complexas, como a concluída agora. A venda em bloco chama atenção, pois muitas entidades querem ajustar suas carteiras, e este é um modelo de negociação que dá escala e ajuda a viabilizar o mercado secundário”, frisou o diretor de Investimentos da Petros.
Processo de venda estruturado com total governança
A operação de venda foi estruturada seguindo as melhores práticas de governança, num processo que cumpriu uma série de etapas, com um trabalho robusto de avaliação econômico-financeira das mais de 20 companhias investidas pelos fundos e período de sondagem para buscar potenciais compradores.
Com a venda dos ativos, a Petros passou a contar com 19 FIPs na carteira, que somam cerca de R$ 1 bilhão e representam pouco mais que 1% do total dos investimentos. Os ativos estavam alocados, majoritariamente, nos planos Petros do Sistema Petrobras – Repactuados e Não Repactuados, que concentravam em torno de 95% dos recursos. Os cerca de 5% restantes estavam distribuídos nos planos Petros-2, Ultrafértil, Lanxess, Nitriflex, além do Plano de Gestão Administrativa (PGA), utilizado para cobertura das despesas administrativas da Fundação. |
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