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Educação financeira

Cheque especial: crédito fácil, mas a um preço alto

Educação financeira - Uma pessoa entregando cheque para outra

O cheque especial pode ser considerado imbatível quando se trata de facilidade para conseguir crédito. É pré-aprovado na conta corrente, não precisa de nenhuma garantia nem exige qualquer ação do cliente do banco: basta gastar. Esta praticidade, no entanto, tem um preço alto, já que é a modalidade de empréstimo mais cara do mercado.

Para se ter uma ideia, a taxa média de juros do cheque especial estava em 12,3%, em setembro, segundo dados do último levantamento do Banco Central (BC). Ao ano, chegava a três dígitos: 301,4%. No crédito pessoal, por exemplo, essas taxas são menores: 6,9% ao mês e 122,2% ao ano. Os números ficam muito menores quando o crédito é obtido por meio de empréstimo consignada (desconto em folha de pagamento): 1,8% ao mês e 24,4% ao ano, na média do mercado, segundo dos dados do BC.

Nem mesmo a queda do juro no cheque especial nos últimos meses foi suficiente para reduzir as taxas a níveis que seriam considerados mais aceitáveis.

Diante do custo elevado, é preciso muita atenção para usar o cheque especial. Especialistas em finanças pessoais alertam que ele só é indicado para situações de emergência e por um período curto de tempo. Qualquer uso diferente tem todo o potencial de transformar um remédio para um imprevisto em uma grande dor de cabeça financeira.

Um dos erros mais comuns é fazer do limite do cheque especial uma extensão do salário ou aposentadoria. Isso porque, ao contratar o crédito, você compromete parte da sua renda com o pagamento de juros. Quanto maior for o juro – é o do cheque especial é o mais alto -, maior é a parcela da renda perdida.

Já uma boa opção é usar o cheque especial apenas durante os dias que os bancos oferecem sem cobrança de juros. Mas não são todos os bancos que dão este benefício e alguns restringem a vantagem aos clientes que possuem contas especiais. Mesmo nesses casos, é importante limitar o uso e só recorrer ao cheque especial período que antecede o recebimento do salário ou benefício, por exemplo. Isso porque, se o cliente utilizar por um dia que seja no número de dias ofertados como bônus, será cobrado por todo o período.

Também é preciso ficar atento ao limite que o banco aprovou para sua conta. Se o valor é muito alto, a chance de descontrole financeiro tende a ser maior. Por isso, cada um deve avaliar com cuidado seu perfil e, quando julgar necessário, pedir a redução do limite à instituição financeira.

Outro problema frequente é confundir o saldo da conta bancária com o limite do crédito automático. O saldo considera o dinheiro que a pessoa realmente possui em conta, enquanto o cheque especial é uma linha de crédito, que exige o pagamento de juros para seu uso.

Para evitar esse problema e minimizar o uso inadequado do cheque, o conselho de autorregulação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) definiu novas regras que as instituições financeiras tiveram que adotar a partir de julho. Uma delas prevê que o extrato separe o saldo do cliente e o limite do cheque especial. Outra novidade é que os bancos devem comunicar ao cliente sempre que ele entrar no cheque especial. Se ele usar 15% do limite do crédito por mais de 30 dias seguidos, também é obrigação do banco oferecer uma opção de parcelamento a juros mais baixos.

 

Alerta quando situação se prolongar

Para quem já entrou no cheque especial, a indicação é acompanhar de perto por quanto tempo está usando esse tipo de empréstimo. Se a situação de emergência que o obrigou a recorrer ao crédito automático se prolongou por mais tempo que o estimado inicialmente, o ideal é renegociar o custo com a instituição financeira.

Especialistas sugerem que a melhor opção para quem tem crédito com juro alto é conseguir um novo empréstimo com custo menor e usar o dinheiro para pagar a dívida antiga. Assim, as prestações são substituídas por outras menores. Uma das alternativas é o crédito consignado: o juro é mais baixo porque o empréstimo é descontado direto da folha de pagamento. Confira as condições do empréstimo consignado da Petros.

 

Confira quatro dicas para que o cheque especial não vire um problema:

  • Use apenas para emergências e por pouco tempo
  • Cheque especial não deve ser utilizado como extensão do salário ou aposentadoria
  • Não confunda o saldo da sua conta bancária com o limite do cheque especial
  • Reduza o limite do cheque especial para evitar o descontrole financeiro
  • Se precisar do dinheiro por mais tempo, negocie outra modalidade de empréstimo com o banco

 

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