Rentabilidade dos investimentos do PPSP-NR recua 1,02% em dezembro
A rentabilidade dos investimentos do Plano Petros do Sistema Petrobras-Não Repactuados (PPSP-NR) ficou negativa em 1,02% em dezembro, frente à meta atuarial de 0,61% no mês. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
Com cerca de 66% dos recursos do plano, a renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa) foi destaque entre os investimentos em dezembro, com variação de 1,46%. O resultado ficou bem acima da taxa de 0,49% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência para o segmento, e também da inflação medida pelo IPCA no mês (0,15%).
Já a carteira de renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas), que responde por cerca de 20% dos recursos do plano, teve rentabilidade negativa de 9%. O Ibovespa, principal referência da B3 (antiga BM&FBovespa), caiu 1,81%. O resultado foi influenciado pela carteira de governança, com rentabilidade negativa de 11,2%, puxada por recuo nas ações de Litel (-3,7%, que investe em Vale) e BRF (-1,1%) e também de ativos sem negociação em Bolsa.
Com uma parcela de 3% dos recursos do PPSP-NR, a carteira de empréstimos variou 0,12% em dezembro. Já os investimentos em imóveis tiveram rentabilidade negativa de 1,40% no mês. O segmento responde por 8% do patrimônio do plano. O movimento pode ser explicado pela reavaliação negativa de três imóveis alocados no PPSP-NR. Pelas normas da Petros, é feita anualmente uma revisão de todos os imóveis da carteira imobiliária dos planos, para que dessa forma reflitam, adequadamente, o valor justo de mercado.
Os investimentos estruturados – compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários, por sua vez, renderam 2,28% em dezembro.
Resultado acumulado no ano
A rentabilidade dos investimentos do PPSP-NR em 2018 ficou em 6,89%, para uma meta atuarial de 9,66%.
Os investimentos em renda fixa renderam 14,74% de janeiro a dezembro, uma variação bem maior que os 6,42% do CDI, que é referência para o segmento, e também que os 3,75% da inflação medida pelo IPCA. A estratégia da Petros de gestão ativa dos recursos em renda fixa foi fundamental para este bom desempenho. Outro destaque positivo entre os investimentos no ano foi a carteira de empréstimos, com ganho acumulado de 14,76% em 2018.
Já a rentabilidade da renda variável ficou negativa em 10,79%, enquanto o Ibovespa subiu 15,03%. A queda de 40% nas ações de BRF impactou negativamente a carteira do plano ao longo deste ano. Também houve recuo também em ativos sem negociação em Bolsa.
O segmento de imóveis registrou variação negativa de 0,30%, enquanto o de investimentos estruturados recuou 6,92% no ano passado. Periodicamente é feita uma reavaliação desses ativos – tanto os imóveis quanto os Fundos de Investimento em Participações (FIPs), que são os investimentos estruturados –, que pode alterar o valor no balanço.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) | Dezembro | Acumulado no ano |
Investimentos do plano | -1,02 | 6,89 |
Meta atuarial | 0,61 | 9,66 |
Composição da carteira
66,5% Renda Fixa | 20% Renda variável | 2,5% Investimentos estruturados | 8% Imóveis | 3% Empréstimos |
Resultado por segmento (%) | Dezembro | Acumulado no ano |
Renda fixa | 1,46 | 14,74 |
Renda variável | -9,00 | -10,79 |
Investimentos estruturados | 2,28 | -6,92 |
Imóveis | -1,40 | -0,30 |
Empréstimos | 0,12 | 14,76 |
Categorias renda fixa e variável (%) | Dezembro | Acumulado no ano |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 1,85 | 16,39 |
Crédito privado | -2,09 | 11,05 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança | -11,23 | -16,16 |
Livre | 0,53 | 13,23 |
Referenciais (%) | Dezembro | Acumulado no ano |
CDI | 0,49 | 6,42 |
Ibovespa | -1,81 | 15,03 |
IPCA | 0,15 | 3,75 |