Rentabilidade dos investimentos do PPSP-NR recua 1,01% em agosto
A rentabilidade dos investimentos do Plano Petros do Sistema Petrobras-Não Repactuados (PPSP-NR) recuou 1,01% em agosto, frente a uma meta atuarial de 0,37% para o mês. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
Os investimentos em renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa), que representam cerca de 63% dos recursos do plano, tiveram queda de 0,46%, abaixo do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que rendeu 0,57% e é referência para o segmento. Por um lado, os títulos mantidos até o vencimento avançaram 1,64%. Por outro, os títulos públicos “marcados a mercado”, que têm maior participação na carteira, recuaram 0,73%. Esses papéis, que estão sujeitos a oscilações constantes de preço, foram afetados pelo aumento da volatilidade no mercado de juros futuros.
Com 22% dos recursos do plano, o segmento de renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas) teve perda de 3,53% em agosto, em linha com o Ibovespa, principal referência do mercado, que caiu 3,21% no mês. O mercado de ações foi prejudicado pela percepção de aumento de risco tanto em função do cenário externo quanto pelo quadro eleitoral do Brasil.
A rentabilidade dos investimentos estruturados – compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários — chegou a 0,94% em agosto.
O segmento de imóveis – que responde por cerca de 8,5% dos investimentos do PPSP-NR – teve ganhos de 0,85% em agosto. Com 3% dos recursos do plano, os empréstimos, por sua vez, renderam 0,55% em agosto.
Resultado acumulado no ano
A rentabilidade do PPSP-NR em 2018, considerando os oito primeiros meses do ano, ficou em 1,16%. A variação ficou aquém da meta atuarial para o ano, de 6,72%.
Na renda fixa, a rentabilidade ficou positiva em 3,12%, abaixo do resultado do CDI, que subiu 4,32% e é referência para o segmento. A incerteza política tem provocado a queda do preço dos títulos públicos e isso afeta especialmente aqueles que são “marcados a mercado”, sujeitos a oscilações constantes de preço. No caso do PPSP-R e do PPSP-NR, esses papéis são maioria na carteira diante da necessidade de liquidez para o pagamento de benefícios, já que a maior parte dos participantes é de aposentados e pensionistas. Já no PP-2, por exemplo, o perfil da carteira é diferente e a maioria é de títulos “marcados na curva”, ou seja, que são mantidos até a data de vencimento. Isso porque os participantes ativos ainda são maioria no PP-2, o que reduz a exigência de liquidez para o pagamento de benefícios.
Já a renda variável ficou negativa em 6,19%, enquanto o Ibovespa variou 0,36% nos oito primeiros meses do ano. Isso porque a carteira do plano tem sido impactada negativamente pela queda nas ações de BRF, com desempenho acumulado desfavorável em 2018. Os investimentos estruturados, por sua vez, tiveram leve recuo no acumulado nos oito primeiros meses do ano, de 0,02%. O segmento de empréstimos foi um destaque entre os investimentos em 2018, com rentabilidade de 7,81%.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) | Agosto | Acumulado no ano |
Investimentos do plano | -1,01 | 1,16 |
Meta atuarial | 0,37 | 6,72 |
Composição da carteira
63,5% Renda Fixa | 22% Renda variável | 3% Investimentos estruturados | 8,5% Imóveis | 3% Empréstimos |
Resultado por segmento (%) | Agosto | Acumulado no ano |
Renda fixa | -0,46 | 3,12 |
Renda variável | -3,53 | -6,19 |
Investimentos estruturados | 0,94 | -0,02 |
Imóveis | 0,85 | 3,64 |
Empréstimos | 0,55 | 7,81 |
Categorias renda fixa e variável (%) | Agosto | Acumulado no ano |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | -0,57 | 2,99 |
Crédito privado | 0,44 | 8,89 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança | -3,39 | -7,23 |
Livre | -4,27 | -2,66 |
Referenciais (%) | Agosto | Acumulado no ano |
CDI | 0,57 | 4,32 |
Ibovespa | -3,21 | 0,36 |