PPSP tem desempenho negativo de 1,45% em março
O Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP) registrou variação negativa de 1,45% em março, em função da forte retração da renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas). Com isso, o plano não atingiu a meta atuarial do mês de março, que era de 0,55%, e no resultado acumulado do primeiro trimestre de 2018, a rentabilidade foi de 1,61%, abaixo da meta de 2,11% para o período.
Representando 22% dos investimentos do PPSP, a renda variável recuou 7,71%, totalmente descolada do Ibovespa (0,01%), índice usado como referência, por causa do impacto das ações da BRF, que caíram 23,69% só em março. A carteira governança (participações em empresas nas quais a Fundação tem fatia relevante), onde estão os papéis da BRF, teve desvalorização de 10,23%. Já a carteira livre, que reúne ações de alta liquidez negociadas na Bolsa de Valores e fundos de ações, teve leve queda de 0,08% no mês.
Por outro lado, a renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa), que responde por 63% dos investimentos do PPSP, teve alta de 0,41%, porém ficou abaixo da meta atuarial (0,55%) e do CDI (0,53%), que é referência de mercado para o segmento.
A carteira de renda fixa de longo prazo, que reúne majoritariamente títulos públicos, rendeu 0,36%, influenciada pelos papéis do governo que têm seu valor marcado a mercado, isto é, estão sujeitos a oscilações constantes de preços, que subiram 0,28%. O desempenho foi reflexo da desvalorização dos títulos com prazos mais longos, que possuem grande representatividade na carteira do PPSP. Por outro lado, os títulos públicos levados até o vencimento valorizaram 1,47% em março. A carteira de crédito privado também apresentou alta no mês, de 0,82%.
Os investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários — tiveram desempenho negativo de 2,28%. O resultado foi influenciado principalmente pelo FIP Logística Brasil, que investe em infraestrutura, e registrou queda de 12,61%, em função de reavaliação dos ativos da carteira do fundo.
Embora tenham ficado abaixo da meta, os imóveis apresentaram desempenho positivo de 0,40%, em função da rentabilidade obtida com receita de locação. A carteira de empréstimos aos participantes, que representa cerca de 4% dos recursos do plano, avançou 1,44%, superando a meta do mês.
Resultado acumulado no ano
Nos três primeiros meses do ano, os investimentos do PPSP registraram rentabilidade de 1,61%, abaixo da meta de 2,11% para o período. A renda fixa apresentou o melhor desempenho, com alta de 4,91%, bem acima da meta e do CDI (1,59%), seguida por empréstimos (+3,74%). Já a renda variável e os investimentos estruturados acumularam desvalorização de, respectivamente, 6,81% e 1,49%. O segmento de imóveis avançou 0,43% até março.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) | Março | Acumulado no ano |
Total do plano | - 1,45 | 1,61* |
Meta atuarial | 0,55 | 2,11 |
*A rentabilidade total do plano é o retorno dos investimentos, descontados outros fatores que interferem no resultado.
Composição da carteira
63% Renda Fixa | 22% Renda variável | 3% Investimentos estruturados | 8% Imóveis | 4% Empréstimos |
Resultado por segmento (%) | Março | Acumulado no ano |
Renda fixa | 0,41 | 4,91 |
Renda variável | -7,71 | - 6,81 |
Investimentos estruturados | - 2,28 | - 1,49 |
Imóveis | 0,40 | 0,43 |
Empréstimos | 1,44 | 3,74 |
Categorias renda fixa e variável (%) | Março | Acumulado no ano |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 0,36 | 5,72 |
Crédito privado | 0,82 | 3,24 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança | -10,23 | -12,02 |
Livre | -0,08 | 11,03 |
Referenciais (%) | Março | Acumulado no ano |
CDI | 0,53 | 1,59 |
Ibovespa | 0,01 | 11,73 |