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Boletim de Resultados PP-2

Fevereiro/2019

  • Contexto macroeconômico

    Um dos temas mais importantes da campanha presidencial, a entrega da proposta do governo para a reforma da Previdência marcou a economia brasileira no mês de fevereiro. A estimativa é de geração de uma economia de cerca de R$ 1 trilhão em dez anos. A avaliação do mercado é de que a proposta provavelmente será desidratada ao longo do processo de aprovação no Congresso. Cinco pontos se destacam no projeto: idade mínima para as mulheres, regras de transição nos regimes, tempo de contribuição para obtenção do teto, alíquotas progressivas do regime próprio e normas para Benefício de Prestação Continuada (BPC), rural e abono salarial.

    Após alta expressiva em janeiro por causa do otimismo com a reforma, o mercado se viu mais cauteloso em fevereiro. Com isso, o índice Ibovespa – referência para o mercado de ações - fechou com queda de 1,86%, aos 95 mil pontos. No resultado acumulado nos doze meses encerrados em fevereiro, a alta é de 11,99%. Enquanto isso, o dólar subiu 2,37% no mês, a R$ 3,7385, segundo a cotação do Banco Central.

    A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) confirmou o ritmo lento de expansão da economia: uma alta de 1,1% em 2018 – mesmo ritmo observado em 2017 – e uma variação de 0,1% no quarto trimestre, em relação ao terceiro trimestre. O desempenho veio em linha com o que era esperado pelo mercado, já que as projeções foram se ajustando para baixo após as divulgações de indicadores antecedentes do PIB, como de produção industrial e mercado de trabalho.

    A inflação de fevereiro (IPCA) subiu 0,43%, levando o resultado acumulado em doze meses para 3,89%, acima dos 3,78% observados em janeiro. A maior pressão sobre os preços veio do grupo de alimentos e bebidas (0,78%), seguido por Educação (3,53%), já que o mês é de renovação de mensalidades escolares.

    No cenário externo, as bolsas mundiais mantiveram a dinâmica positiva observada no começo do ano. O movimento é reflexo da mudança de postura do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) – que interrompeu um ciclo de três anos de alta nos juros - e da política de crédito da China. O novo cenário dos juros nos Estados Unidos é positivo para outros países, como o Brasil, já que a tendência de alta de juros americanos vinha atraindo recursos de investidores e provocando fuga de países emergentes.

    Em relação aos indicadores econômicos nos Estados Unidos, os dados do varejo em dezembro vieram muito abaixo da expectativa do mercado, em um período tipicamente forte para o setor. Apesar da surpresa, a atividade econômica nos EUA segue firme, com a taxa de desemprego em um dos menores níveis históricos, consumo em expansão e inflação bem-comportada.

    Na China, os temores de uma desaceleração na economia arrefeceram com dados positivos da balança comercial aliados a uma expansão do crédito em janeiro. Além disso, a expectativa de um acordo comercial entre EUA e China melhorou, com declarações positivas de fontes oficiais dos dois países, aumentando a probabilidade de manterem as tarifas atuais enquanto as negociações ocorrerem. Essa sinalização é positiva para a economia mundial e, em consequência, para a brasileira.

  • Desempenho dos investimentos

    Rentabilidade do PP-2 ficou em 0,40% em fevereiro

    O Plano Petros-2 (PP-2) rendeu 0,40% em fevereiro, frente a uma meta atuarial de 0,87% para o mês, enquanto a inflação medida pelo IPCA foi de 0,43%. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.

    Principal segmento entre as aplicações do plano, com cerca de 76% dos recursos, a renda fixa (que inclui títulos públicos e privados e fundos de renda fixa) se destacou em fevereiro. A rentabilidade foi de 0,69%, ganho bem superior ao do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência do segmento e avançou 0,49%. O desempenho positivo reflete a gestão ativa desses investimentos para aproveitar as oportunidades do mercado.

    A renda variável — que reúne ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas e tem cerca de 17% dos recursos do plano — teve rentabilidade negativa de 1,26% em fevereiro, enquanto o Ibovespa, referência para o mercado de renda variável, caiu 1,86%. A alta das ações de Litel (3,92%) e IRB (4,39%) contribuiu para limitar a queda da renda variável do plano, além do desempenho da carteira dos FIA terceirizados, com recuo menor que o do Ibovespa. Por outro lado, o resultado sofreu impacto negativo de BRF, com perda de 12,62% no mês.

    A carteira de operações aos participantes (empréstimos) registrou rendimento de 0,67% em fevereiro. O segmento responde por cerca de 3,5% dos recursos do PP-2. Já os investimentos imobiliários tiveram rentabilidade de 0,53% no mês.

    Os investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos — renderam 3,41% em fevereiro.

    Resultado acumulado no ano

    Considerando o primeiro bimestre do ano, a rentabilidade do PP-2 foi de 2,64%, acima da meta atuarial de 1,63% para o período. A renda fixa desponta com bom desempenho nos números de janeiro e fevereiro, com variação de 2,18%, acima do CDI (referência do segmento, de 1,04%) e da inflação (0,75%).

    Na renda variável, a rentabilidade ficou em 5,90%, enquanto a Bolsa teve ganho de 8,76%. Houve influência negativa do recuo nas ações de Vale (-7,65%) – sob impacto da tragédia em Brumadinho – e de BRF (-6,2%). A carteira de renda variável do PP-2 se diferencia da composição do Ibovespa, já que deve ser adequada aos compromissos de longo prazo do plano com seus participantes.

    As operações aos participantes (empréstimos) tiveram valorização de 1,31%, enquanto os investimentos estruturados avançaram 4,77%. Os investimentos imobiliários, por sua vez, tiveram variação de 0,10%.

    Desempenho do plano X meta atuarial (%) Fevereiro Acumulado
    Total do plano 0,40 2,64
    Meta atuarial 0,87 1,63

    Composição da carteira

    Gráfico carteira de investimentos
    76%
    Renda Fixa
    17,5%
    Renda variável
    1%
    Investimentos estruturados
    2%
    Imóveis
    3,5%
    Empréstimos

    Resultado por segmento (%) Fevereiro Acumulado
    Renda fixa 0,69 2,18
    Renda variável -1,26 5,90
    Estruturados 3,41 4,77
    Imobiliário 0,53 0,10
    Operações com participantes (empréstimos) 0,67 1,31
    * Nomes das categorias de investimentos foram alterados para adequação à instrução normativa 4661, da Previc.

    Categorias renda fixa e variável (%) Fevereiro Acumulado
    RENDA FIXA
    Renda fixa de longo prazo 0,75 2,35
    Crédito privado 1,23 2,70
    RENDA VARIÁVEL
    Governança 0,63 -1,07
    Livre -1,74 7,91

    Referenciais (%) Fevereiro Acumulado
    CDI 0,49 1,04
    Ibovespa -1,86 8,76
    IPCA 0,43 0,75
  • Movimentação do plano

    O PP-2 encerrou fevereiro com 50.659 participantes, dos quais 47.234 ativos e 3.425 assistidos (aposentados e pensionistas). No mês, houve 14 novas concessões, como detalhado abaixo:

    Benefícios concedidos
    Aposentadoria Auxílios-doença Pensões por morte Pecúlios Novas concessões
    1 7 2 4 14
  • Resultado do plano

    O superávit acumulado do PP-2 foi de R$ 291 milhões em fevereiro.

    Patrimônio de cobertura:
    R$ 22,672 bilhões
    (ativos)

    Todos os investimentos que o plano possui, mais outros recursos que ele tem a receber.

    Compromissos futuros:
    R$ 22,381 bilhões
    (passivo)

    Valores comprometidos com os pagamentos de benefícios de todos os participantes, seguindo o regulamento do plano.

    Equilíbrio técnico: R$ 291 milhões

    Diferença entre compromissos futuros e patrimônio. Sofre variações para mais ou para menos, de acordo com a movimentação dos compromissos e a rentabilidade. Quando esses compromissos ficam maiores que o patrimônio ocorre déficit. Quando a situação é inversa, há superávit.

    RESUMO DO RESULTADO ACUMULADO (JAN-FEV 2019) R$ milhões
    Resultado acumulado em 31/12/2018 291
    IMPACTOS POSITIVOS (JAN-FEV 2019)
    Resultado líquido dos investimentos 581
    Evolução dos fundos previdenciais 3
    Resultado previdencial (pagamento de benefícios menos recebimento de contribuições e atualização de contingências judiciais com perda provável) 454
    IMPACTOS NEGATIVOS (JAN-FEV 2019)
    Evolução das provisões matemáticas (compromissos futuros) -1.038
    EQUILÍBRIO TÉCNICO 291

 

 

 

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