Rentabilidade do PP-2 é de 0,73% em dezembro, acima de meta atuarial
A rentabilidade do Plano Petros-2 (PP-2) superou a meta atuarial para dezembro. O resultado foi de 0,73%, para uma meta de 0,59%. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
Com 78% dos recursos do PP-2, a renda fixa (que inclui títulos públicos e privados e fundos de renda fixa) teve valorização de 0,69%. O ganho foi superior ao do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência do segmento e avançou 0,49%, e ao da inflação medida pelo IPCA (0,15%). O desempenho positivo reflete a gestão ativa desses investimentos para aproveitar as oportunidades do mercado.
A renda variável — que reúne ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas e tem 15% dos recursos do plano — teve rentabilidade negativa de 0,34% em dezembro, queda menor que a do Ibovespa, referência para o mercado de renda variável, que caiu 1,81% no último mês do ano. A perda pode ser explicada pelos Fundos de Investimentos em Ações (FIAs), com rentabilidade negativa de 0,3%, e pela carteira de governança, com recuo de 1,6%, puxada por Litel (-3,7%, que investe em Vale) e BRF (-1,1%).
A carteira de empréstimos aos participantes registrou rentabilidade de 1,09% em dezembro. O segmento responde por cerca de 3,5% dos recursos do PP-2. Já os investimentos em imóveis renderam 0,51% no mês.
Os investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários —, por sua vez, tiveram rentabilidade de 10,27% em dezembro.
Resultado acumulado no ano
O PP-2 encerrou o ano de 2018 com rentabilidade de 12,38%, bem acima da meta atuarial do período, de 9,35%. A valorização dos investimentos em renda fixa foi de 11,77%: quase o dobro dos 6,42% do CDI, que é referência para o segmento, e dos 3,75% do IPCA no período.
Os recursos em renda variável, por sua vez, tiveram alta de 9,47% em 2018, na mesma direção do Ibovespa, que avançou 15,03%. O desempenho foi puxado pela rentabilidade de 14% dos FIAs. Já a carteira de governança caiu 3,1%, sob influência da queda de 40% das ações de BRF e outras perdas em ativos sem negociação em Bolsa. A carteira de renda variável do PP-2 é selecionada para se adequar aos compromissos de longo prazo do plano com seus participantes.
No resultado acumulado em 2018, a carteira de empréstimos teve ganho de 13,63%. Os investimentos em imóveis, por sua vez, registraram rentabilidade de 7,10%.
Já o segmento de investimentos estruturados rendeu 75,27% no período. A alta ocorreu por causa da valorização das ações do IRB Brasil RE, no FIP Caixa Barcelona.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) | Dezembro | Acumulado no ano |
Total do plano | 0,73 | 12,38 |
Meta atuarial | 0,59 | 9,35 |
Composição da carteira
78% Renda Fixa | 15% Renda variável | 2% Investimentos estruturados | 1,5% Imóveis | 3,5% Empréstimos |
Resultado por segmento (%) | Dezembro | Acumulado no ano |
Renda fixa | 0,69 | 11,77 |
Renda variável | -0,34 | 9,47 |
Investimentos estruturados | 10,27 | 75,27 |
Imóveis | 0,51 | 7,10 |
Empréstimos | 1,09 | 13,63 |
Categorias renda fixa e variável (%) | Dezembro | Acumulado no ano |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 0,69 | 12,27 |
Crédito privado | 0,61 | 12,97 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança | -1,59 | -3,13 |
Livre | -0,32 | 14,17 |
Referenciais (%) | Dezembro | Acumulado no ano |
CDI | 0,49 | 6,42 |
Ibovespa | -1,81 | 15,03 |
IPCA | 0,15 | 3,75 |