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Boletim de Resultados PP-2

Junho/2019

  • Contexto macroeconômico

    O primeiro semestre de 2019 encerrou com resultados ainda decepcionantes na economia brasileira. Os dados apontam para um comportamento letárgico da indústria doméstica, estagnação do investimento e desaceleração do consumo das famílias. A lenta recuperação da atividade econômica pode ser explicada tanto por fatores de conjuntura (mais de curto prazo) quanto da própria estrutura da economia. Menor crescimento do comércio global, recessão da economia Argentina (que afeta fortemente a indústria automotiva do Brasil), elevada taxa de desemprego, incertezas relacionadas ao processo de consolidação fiscal e perda de produtividade da economia são algumas dessas razões.

    O mês de junho fechou com a expectativa de que a reforma da Previdência fosse aprovada antes do recesso parlamentar de 17 a 31 de julho.

    E a inflação se manteve em patamares bem baixos. O IPCA de maio (0,13%) surpreendeu e ficou abaixo do esperado pelo mercado (0,20%) e pela Petros (0,17%). Foi o menor resultado para o mês de maio desde 2006, quando o índice variou 0,10%. Já o IPCA acumulado em 12 meses caiu de 4,94% para 4,66%. O resultado foi influenciado pela deflação no preço de alimentos e bebidas (-0,56%). Já o IPCA-15 de junho – considerado a prévia da inflação – ficou em 0,06%, o menor resultado para o mês desde 2006, também puxado pela deflação de alimentos (-0,64%). Com o resultado, o IPCA-15 recuou para 3,84% em 12 meses, ante 4,93% no mês anterior.

    Os dados de inflação apontam que, após pressões de curto prazo no primeiro trimestre do ano, a inflação ao consumidor segue bem-comportada. O motivo não é dos melhores: há elevada capacidade ociosa da economia (indústria tem produzido menos que sua capacidade, por exemplo) e pouca disposição das pessoas para consumir. Assim, não há espaço para alta de preços. Além disso, as expectativas do mercado para os próximos meses também são de inflação sob controle.

    Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros da economia brasileira inalterada em 6,5%, mas surpreendeu com projeções mais baixas e reconheceu um cenário de que a inflação tende a evoluir para um patamar menor. No entanto, o Copom seguiu condicionando seus próximos passos à aprovação da reforma da Previdência.

    No fim de junho, foi anunciada a conclusão de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, em negociação havia quase 20 anos. O acordo trata de questões tarifárias e regulatórias, abrangendo serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.

    No cenário mundial, a economia dos Estados Unidos dá sinais positivos. As projeções para as taxas de desemprego esperadas para até 2021 foram revistas para baixo, assim como para o núcleo da inflação da cesta de consumo das famílias. E o banco central dos EUA (Federal Reserve, o Fed) manteve inalterada a taxa básica de juros do país no intervalo de 2,25% a 2,50%, conforme amplamente esperado. Foi indicada a possibilidade de uma política monetária que possa estimular mais a economia. Entre outras projeções atualizadas pelo Copom, houve revisão positiva do PIB de 2019 e 2020.

  • Desempenho dos investimentos

    PP-2 rende mais que meta atuarial em junho, com variação de 1,22%

    O Plano Petros-2 (PP-2) superou a meta atuarial em junho, com rentabilidade de 1,22%, e a inflação (0,01%). No mês, a meta atuarial era de 0,45%. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.

    A renda fixa (que inclui títulos públicos e privados e fundos de renda fixa) vem se destacando ao longo de 2019. Principal investimento do PP-2, com 75% dos recursos, o segmento teve rentabilidade de 0,75% em junho, bem acima do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência do setor e teve alta de 0,47%. A gestão da renda fixa tem sido cada vez mais ativa para aproveitar as oportunidades do mercado. Metade da carteira de renda fixa do PP-2 é formada por títulos atrelados à inflação. Em 2018, houve uma troca de papéis com vencimento em anos mais próximos (2020, 2021 e 2023) por outros mais distantes (especialmente 2045 e 2050), o que ajudou a impulsionar ainda mais a rentabilidade.

    Já a renda variável — que reúne ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas e concentra cerca de 18% dos recursos do plano — registrou rentabilidade de 3,78% em junho. No período, o Ibovespa, uma das principais referências para o mercado de renda variável, avançou 4,06%. A alta da carteira de renda variável é explicada pelo desempenho dos Fundos de Investimentos em Ações (FIAs) terceirizados (4,3%) e pelas ações de BRF (6,6%) e Litel, que investe na Vale (6,2%). Já a desvalorização de 3,3% das ações de IRB - Brasil Resseguros limitou os ganhos.

    O rendimento da carteira de operações com participantes (empréstimos), por sua vez, teve rentabilidade de 1,11% em junho. Já os investimentos imobiliários registraram valorização de 0,42% no mês, enquanto os investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e Fundos Multimercado — obtiveram rentabilidade negativa de 0,70%.

    Resultado acumulado no ano

    No primeiro semestre de 2019, o PP-2 registrou rentabilidade superior à meta atuarial. O plano teve ganhos de 7,49%, para uma meta atuarial de 4,93% e uma inflação de 2,23% no período.

    Na renda fixa, o rendimento acumulado no ano chegou a 6,18%, o dobro do CDI, referência para o segmento (3,07%). O resultado do ano também reflete a gestão ativa desses investimentos.

    Já os recursos do PP-2 em renda variável renderam 14,66% até junho de 2019, em linha com a alta de 14,88% da Bolsa brasileira no período. A valorização foi influenciada pela carteira de FIA terceirizados (15,03%) e pelas ações de BRF (34,6%) e IRB (21,1%). No acumulado do ano, a rentabilidade de Litel (1,4%) contribuiu para limitar a alta. A carteira de renda variável do PP-2 se diferencia da composição do Ibovespa, já que deve ser adequada aos compromissos de longo prazo do plano com seus participantes.

    A rentabilidade da carteira de operações com participantes (empréstimos), por sua vez, foi de 6,06%, ao lado de um rendimento de 2,86% dos investimentos imobiliários. E os investimentos estruturados tiveram ganho de 19,16% até junho.

    Desempenho do plano X meta atuarial (%) Junho Acumulado
    Total do plano 1,22 7,49
    Meta atuarial 0,45 4,93

    Composição da carteira

    Gráfico carteira de investimentos
    75%
    Renda fixa
    18%
    Renda variável
    2,5%
    Estruturados
    1,5%
    Imobiliários
    3%
    Operações com participantes (empréstimos)

    Resultado por segmento (%) Junho Acumulado
    Renda fixa 0,75 6,18
    Renda variável 3,78 14,66
    Estruturados -0,70 19,16
    Investimento imobiliário* 0,42 2,86
    Operações com participantes (empréstimos)* 1,11 6,06
    * Os nomes das categorias de investimentos foram alterados para adequação à instrução normativa 4661, da Previc.

    Categorias renda fixa e variável (%) Junho Acumulado
    RENDA FIXA
    Renda fixa de longo prazo 0,85 6,89
    Crédito privado 1,51 8,54
    RENDA VARIÁVEL
    Governança 1,73 15,51
    Livre 4,26 14,93

    Referenciais (%) Junho Acumulado
    CDI 0,47 3,07
    Ibovespa 4,06 14,88
    IPCA 0,01 2,23
  • Movimentação do plano

    O PP-2 encerrou junho com 50.755 participantes, dos quais 47.243 ativos e 3.512 assistidos (aposentados e pensionistas). No mês, houve 56 novas concessões, como detalhado abaixo:

    Benefícios concedidos
    Aposentadoria Auxílios-doença Pensões por morte Pecúlios Novas concessões
    35 9 2 10 56
  • Resultado do plano

    O superávit acumulado do PP-2 foi de R$ 387 milhões em junho.

    Patrimônio de cobertura:
    R$ 24,351 bilhões
    (ativos)

    Todos os investimentos que o plano possui, mais outros recursos que ele tem a receber.

    Compromissos futuros:
    R$ 23,964 bilhões
    (passivo)

    Valores comprometidos com os pagamentos de benefícios de todos os participantes, seguindo o regulamento do plano.

    Equilíbrio técnico: R$ 387 milhões

    Diferença entre compromissos futuros e patrimônio. Sofre variações para mais ou para menos, de acordo com a movimentação dos compromissos e a rentabilidade. Quando esses compromissos ficam maiores que o patrimônio ocorre déficit. Quando a situação é inversa, há superávit.

    RESUMO DO RESULTADO ACUMULADO (JAN-JUN 2019) R$ milhões
    Resultado acumulado em 31/12/2018 291
    IMPACTOS POSITIVOS (JAN-JUN 2019)
    Resultado líquido dos investimentos 1.684
    Evolução dos fundos previdenciais 18
    Resultado previdencial (pagamento de benefícios menos recebimento de contribuições e atualização de contingências judiciais com perda provável) 1.014
    IMPACTOS NEGATIVOS (JAN-JUN 2019)
    Evolução das provisões matemáticas (compromissos futuros) -2.620
    EQUILÍBRIO TÉCNICO 387

 

 

 

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