Rentabilidade do PP-2 supera meta atuarial e chega a 3,23% em outubro
O Plano Petros-2 (PP-2) teve rentabilidade de 3,23% em outubro, bem acima da meta atuarial do mês, de 0,89%. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
Todas as carteiras de investimentos do plano tiveram ganhos acima da meta, com exceção dos empréstimos. A renda fixa, que responde por 80,5% dos recursos do PP-2, foi destaque, com rentabilidade de 2,69% no mês. O ganho superou o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência do segmento e subiu 0,54%, e a inflação medida pelo IPCA (0,45%). O bom desempenho reflete a estratégia de gestão ativa desses investimentos para aproveitar as oportunidades do mercado, especialmente no período de volatilidade causado pela eleição presidencial.
Com 11,5% dos recursos do plano, o segmento de renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas) avançou 7,56%. O Ibovespa, referência para o mercado de renda variável, subiu 10,19%. Uma das influências negativas no resultado de renda variável do plano em outubro foi a queda de 5,5% das ações da Vale, na qual a Fundação investe por intermédio da Litel Participações. Também recuaram no mês as ações da BRF. Além disso, a carteira de renda variável do plano se diferencia da composição do Ibovespa, porque é adequada aos compromissos de longo prazo do plano com seus participantes.
Também foi positivo o resultado dos investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários —, que tiveram rentabilidade de 6,26% em outubro.
Os investimentos em imóveis, por sua vez, tiveram valorização de 2,85%. Este segmento responde por cerca de 1,5% dos recursos do plano. A carteira de empréstimos aos participantes — onde estão aplicados perto de 3,5% dos investimentos do PP-2 — subiu 0,75%.
Resultado acumulado no ano
Com o desempenho de outubro, o PP-2 acumulou rentabilidade de 10,55% nos primeiros dez meses do ano, acima da meta atuarial de 8,46%. Os investimentos em renda fixa registraram ganhos de 10,14%, bem acima do CDI (5,38%), que é a referência para o segmento, e do IPCA, que acumulou variação 3,81%.
Já os recursos aplicados em renda variável tiveram alta de 8,04% no acumulado de janeiro a outubro. Em igual período, o Ibovespa subiu 14,43%. A carteira do plano tem sido impactada negativamente pelas ações da BRF, que vêm registrando desempenho desfavorável em 2018. Além disso, é preciso ressaltar que a carteira de renda variável do PP-2 se diferencia da composição do Ibovespa, porque é adequada aos compromissos do plano com os participantes, que são de longo prazo e não voltados para retorno imediato.
No resultado acumulado em 2018, até o mês de outubro, a carteira de empréstimos teve ganho de 11,15%. Com uma parcela de 3% dos recursos do plano, o segmento de investimentos estruturados teve rentabilidade de 58,85% no período. Os investimentos em imóveis, por sua vez, renderam 5,48%.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) | Outubro | Acumulado no ano |
Total do plano | 3,23 | 10,55 |
Meta atuarial | 0,89 | 8,46 |
Composição da carteira
80,5% Renda Fixa | 11,5% Renda variável | 3,0% Investimentos estruturados | 1,5% Imóveis | 3,5% Empréstimos |
Resultado por segmento (%) | Outubro | Acumulado no ano |
Renda fixa | 2,69 | 10,14 |
Renda variável | 7,56 | 8,04 |
Investimentos estruturados | 6,26 | 58,85 |
Imóveis | 2,85 | 5,48 |
Empréstimos | 0,75 | 11,15 |
Categorias renda fixa e variável (%) | Outubro | Acumulado no ano |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 2,51 | 10,63 |
Crédito privado | 2,90 | 11,49 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança | -3,20 | 0,74 |
Livre | 10,49 | 11,08 |
Referenciais (%) | Outubro | Acumulado no ano |
CDI | 0,54 | 5,38 |
Ibovespa | 10,19 | 14,43 |
IPCA | 0,45 | 3,81 |