PP-2: rentabilidade de novembro é impulsionada pela renda fixa O Plano Petros-2 (PP-2) registrou rentabilidade de 0,34% em novembro, abaixo da meta atuarial de 0,64% para o mês, em função do resultado negativo em renda variável (ações negociadas em bolsa, fundos e participações em empresas). No acumulado dos 11 meses do ano, porém, os investimentos do plano tiveram valorização de 12,05%, superando a meta atuarial de 11,46% para o período. O destaque do mês foi a renda fixa (títulos públicos e privados, além de fundos), que concentra mais de 80% dos investimentos do PP-2 e registrou rendimento de 0,74%, acima da meta atuarial. Esse resultado foi impulsionado pela performance da carteira de títulos públicos indexada à inflação que não sofreu o impacto da variação da taxa de juros no período. Isso acontece porque os títulos do PP-2 são "marcados na curva", isto é, são avaliados pelo valor de vencimento do papel e não sofrem as oscilações do mercado. Os títulos seguem essa marcação porque, sendo um plano jovem, o PP-2 pode suportar investimentos de longo prazo sem a necessidade imediata de caixa para pagamento de benefícios. Apesar do bom desempenho, o resultado dos títulos públicos ficou abaixo do principal referencial de mercado, o CDI, que subiu 1,04% no mês. Isso aconteceu porque mais de 90% dos títulos que compõem a carteira do PP-2 são indexados à inflação, que recuou no mês. No acumulado dos 11 meses, no entanto, os recursos aplicados em renda fixa valorizaram 12,91%, levemente acima do CDI, com alta de 12,73% no mesmo período. Em relação à renda variável, os investimentos tiveram desempenho negativo de 3,69%, ainda assim com desempenho melhor do que os principais indicadores do mercado como o IBrX-100, que registrou queda de 5% no mês, e o Ibovespa, com -4,65%. Esses resultados foram impactados pelas incertezas do cenário internacional. O segmento de investimentos estruturados (composto principalmente por Fundos de Investimentos em Participações – FIPs, veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos) registrou queda de 0,01% em novembro. Isso porque, embora alguns FIPs tenham recebido dividendos das empresas investidas, o valor não foi suficiente para cobrir as despesas com empresas e projetos investidos. Em 11 meses, porém, o resultado é positivo, com rentabilidade acumulada de 15,91%. Em imóveis, os investimentos apresentaram queda de 0,45% no mês, em função das reavaliações negativas dos ativos que compõem essa carteira. *A rentabilidade total do plano é o retorno dos investimentos, descontados outros fatores que interferem no resultado, como por exemplo, despesas de custeio administrativo. Composição da carteira - em percentual (%)
Movimentação do PP-2 em novembro
• Patrimônio (ativos): são todos os investimentos que o plano possui, mais outros recursos que ele tem a receber. • Compromissos futuros do plano (passivo): são os valores comprometidos com os pagamentos de benefícios de todos os participantes, seguindo o que está previsto no regulamento do plano. • Equilíbrio técnico: é basicamente a diferença entre os compromissos futuros e o patrimônio do plano. Sofre variações para mais ou para menos, de acordo com a movimentação desses compromissos e a rentabilidade dos investimentos. Quando os compromissos futuros ficam maiores que o patrimônio ocorre déficit. Quando a situação é inversa, há superávit. Saiba mais: O superávit do PP-2 passou de R$ 183 milhões, em outubro, para R$ 132 milhões, em novembro, principalmente em função do aumento das despesas previdenciárias decorrentes das novas concessões de aposentadorias no mês. Somou-se a isso o acréscimo dos compromissos futuros, que são atualizados mensalmente pela meta atuarial (IPCA + juros).
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