PP-2 tem rentabilidade negativa de 2,88% em fevereiro
Em um mês em que a disseminação da covid-19 fora da China aumentou as incertezas para a economia global, a rentabilidade do Plano Petros-2 (PP-2) ficou negativa em 2,88% em fevereiro, frente a uma meta atuarial de 0,68% no mês. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
A renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa) – que concentra quase 70% dos recursos do plano — teve rentabilidade de 0,35% em fevereiro. A variação ficou acima do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência do setor e teve alta de 0,29%.
No caso da renda variável — que contempla ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas, com cerca de 20% dos recursos do plano —, a rentabilidade ficou negativa em 14,56% em fevereiro. O desempenho negativo acompanhou o Ibovespa, índice que é referência para o mercado de renda variável, com perda de 8,43% no mês. O principal impacto negativo foi o desempenho da carteira de governança – de participação em empresas, com queda de 10,52%. As principais influências vieram das quedas nas ações de Litel (holding que controla a Vale), Vale e BRF, com variação de -11,13%, -10,80% e -10,74%, respectivamente, na carteira da Petros.
A carteira de operações com participantes (empréstimos) teve rentabilidade de 1,51% em fevereiro, enquanto o investimento imobiliário rendeu 0,44%. Já o segmento estruturado — composto por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos — registrou rentabilidade negativa de 0,39%.
Resultado acumulado no ano
No primeiro bimestre do ano, o PP-2 acumulou rentabilidade negativa de 2,64%. A meta atuarial do plano neste período foi de 1,33%.
Por um lado, a renda fixa rendeu 1,24%, acima do resultado do CDI, referência do segmento, de 0,67%. Por outro lado, a renda variável sentiu o impacto da turbulência no mercado financeiro e acumulou perda de 15,81%. A retração do Ibovespa no período foi de 9,92%.
O segmento de operações com participantes (empréstimos) foi o de melhor desempenho no bimestre, com rentabilidade de 2,61%. No segmento imobiliário, o ganho foi de 0,90%. Já o segmento estruturado registrou rentabilidade negativa de 0,55%.
Desempenho do plano X meta atuarial | Fevereiro | Acumulado |
Investimentos do plano | -2,88% | -2,64% |
Meta atuarial | 0,68% | 1,33% |
Composição da carteira
69,62% Renda fixa | 20,45% Renda variável | 5,21% Estruturado | 1,53% Imobiliário | 3,19% Operações com participantes (empréstimos) |
Resultado por segmento | Fevereiro | Acumulado |
Renda fixa | 0,35% | 1,24% |
Renda variável | -14,56% | -15,81% |
Estruturado | -0,39% | -0,55% |
Imobiliário* | 0,44% | 0,90% |
Operações com participantes (empréstimos)* | 1,51% | 2,61% |
* Os nomes das categorias de investimentos foram alterados para adequação à instrução normativa 4661, da Previc. Categorias renda fixa e variável | Fevereiro | Acumulado |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 0,50% | 1,67% |
Crédito privado | 0,81% | 4,11% |
RENDA VARIÁVEL |
Governança (participação em empresas) | -10,52% | -17,37% |
Livre | -8,98% | -7,22% |
Referenciais | Fevereiro | Acumulado |
CDI | 0,29% | 0,67% |
Ibovespa | -8,43% | -9,92% |
IPCA | 0,25% | 0,46% |