PP-2 tem rentabilidade negativa de 10,98% em março
A crise inédita na economia mundial em função da pandemia de coronavírus afetou os investimentos de todo o mercado e também os da Petros e do Plano Petros-2 (PP-2). As perdas em março foram comparáveis às das crises de 1929 e 2008, com desvalorizações recordes dos ativos.
A Petros já está adaptando sua carteira de investimentos às novas circunstâncias, revisitando as Políticas de Investimentos para se ajustar à nova realidade. As estratégias seguirão com foco no longo prazo, avaliando os riscos envolvidos tanto sobre o ativo como sobre o descasamento do passivo de cada plano.
Diante do cenário, a rentabilidade do PP-2 ficou negativa em 10,98% em março, frente a uma meta atuarial de 0,50% no mês. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
A renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa) – que concentra cerca de 72% dos recursos do plano — ficou próxima da estabilidade, com rentabilidade negativa de 0,14% em março. O CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência do setor, teve variação de 0,34%. Os investimentos em renda fixa sofreram impacto da alta dos juros dos títulos de inflação de longo prazo.
Já a renda variável — que contempla ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas, com quase 17% dos recursos do plano — foi o segmento mais afetado pela crise, com rentabilidade negativa de 50,55%. O desempenho negativo seguiu o Ibovespa, índice que é referência para o mercado de renda variável, com perda de 29,90% no mês.
No segmento, houve impacto da desvalorização de 61,97% na carteira de ações de giro (de negociação livre) e de 17,14% da carteira de ações de participação em empresas. Entre as principais empresas investidas, houve recuo nas ações de IRB Brasil Resseguros (-70,89%), BRF (-44,19%), Litel (holding que controla a Vale, com -2,47%) e Vale (-2,46%).
Já o segmento estruturado — composto por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos — registrou rentabilidade negativa de 3,06%.
No campo positivo, ficaram a carteira de operações com participantes (empréstimos), com rentabilidade de 0,60% e o investimento imobiliário, com alta de 0,37%.
Resultado acumulado no ano
Com o resultado de março, o PP-2 acumulou rentabilidade negativa de 13,33% no primeiro trimestre do ano. A meta atuarial do plano neste período foi de 1,83%.
Por um lado, a renda fixa rendeu 1,10% no período, em linha com o resultado do CDI, referência do segmento, de 1,01%. Por outro lado, a renda variável sentiu o impacto da turbulência no mercado financeiro e acumulou perda de 58,37%. A retração do Ibovespa no período foi de 36,86%.
O segmento de operações com participantes (empréstimos) foi o de melhor desempenho no trimestre, com rentabilidade de 3,23%. No segmento imobiliário, o ganho foi de 1,27%. Já o segmento estruturado registrou rentabilidade negativa de 3,59 %.
Desempenho do plano X meta atuarial | Março | Acumulado |
Investimentos do plano | -10,98% | -13,33% |
Meta atuarial | 0,50% | 1,83% |
Composição da carteira
72,10% Renda fixa | 16,96% Renda variável | 5,61% Estruturado | 1,71% Imobiliário | 3,62% Operações com participantes (empréstimos) |
Resultado por segmento | Março | Acumulado |
Renda fixa | -0,14% | 1,10% |
Renda variável | -50,55% | -58,37% |
Estruturado | -3,06% | -3,59% |
Imobiliário* | 0,37% | 1,27% |
Operações com participantes (empréstimos)* | 0,60% | 3,23% |
* Os nomes das categorias de investimentos foram alterados para adequação à instrução normativa 4661, da Previc. Categorias renda fixa e variável | Março | Acumulado |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 0,38% | 2,06% |
Crédito privado | -3,98% | -0,03% |
RENDA VARIÁVEL |
Governança (participação em empresas) | -17,14% | -31,53% |
Livre | -31,53% | -39,02% |
Referenciais | Março | Acumulado |
CDI | 0,34% | 1,01% |
Ibovespa | -29,90% | -36,86% |
IPCA | 0,07% | 0,53% |