Rentabilidade do PP-2 é de 0,93% em novembro, bem acima de meta atuarial
A rentabilidade do plano Petros-2 (PP-2) superou de longe a meta atuarial para novembro. O resultado foi de 0,93%, para uma meta de 0,23%. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
A renda variável — que reúne ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas e tem 13% dos recursos do plano — teve rentabilidade de 1,67% em novembro. O Ibovespa, referência para o mercado de renda variável, subiu 2,38%, com a definição do cenário das eleições presidenciais no Brasil. Os Fundos de Investimentos em Ações (FIAs) subiram 3,10%, enquanto a carteira de participação caiu 2,29%.
Com 80% dos recursos do PP-2, a renda fixa (que inclui títulos públicos e privados e fundos de renda fixa) valorizou 0,78%. O ganho foi superior ao do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência do segmento e avançou 0,49%, e ao da inflação medida pelo IPCA (-0,21%). O bom resultado é fruto de uma estratégia de gestão cada vez mais ativa desses investimentos para aproveitar as oportunidades do mercado.
Os investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários — renderam 0,06% em novembro.
Já os recursos investidos em imóveis tiveram rentabilidade de 1,02% no mês. A carteira de empréstimos aos participantes, por sua vez, valorizou 1,14% em novembro. O segmento responde por cerca de 3,6% dos recursos do PP-2.
Resultado acumulado no ano
Com o desempenho de novembro, a rentabilidade do PP-2 chegou aos 11,57% no resultado acumulado nos onze primeiros meses do ano, bem acima da meta atuarial do período, de 8,71%. Os investimentos em renda fixa registraram valorização de 11%. A variação foi quase o dobro dos 5,90% do CDI, que é referência para o segmento, e dos 3,59% do IPCA no período.
Os recursos em renda variável, por sua vez, tiveram alta de 9,85% de janeiro a novembro. Em igual período, o Ibovespa avançou 17,15%. O comportamento diverso ocorre porque a carteira de renda variável do PP-2 se diferencia da composição do Ibovespa, já que é adequada aos compromissos de longo prazo do plano com seus participantes. Além disso, a queda nas ações de BRF, por exemplo, com desempenho acumulado desfavorável em 2018, tem impactado negativamente a carteira do plano este ano.
No resultado acumulado em 2018, até o mês de novembro, a carteira de empréstimos teve ganho de 12,41%. Os investimentos em imóveis, por sua vez, registraram rentabilidade de 6,56%.
Já o segmento de investimentos estruturados rendeu 58,95% no período. O resultado pode ser explicado pelos recursos aplicados no FIP Caixa Barcelona. O fundo investe em ações do Instituto de Resseguros do Brasil (Irb), cujas ações valorizaram 120% em 2018, considerando o resultado até novembro.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) | Novembro | Acumulado no ano |
Total do plano | 0,93 | 11,57 |
Meta atuarial | 0,23 | 8,71 |
Composição da carteira
80,5% Renda Fixa | 13% Renda variável | 1,5% Investimentos estruturados | 1,5% Imóveis | 3,5% Empréstimos |
Resultado por segmento (%) | Novembro | Acumulado no ano |
Renda fixa | 0,78 | 11,00 |
Renda variável | 1,67 | 9,85 |
Investimentos estruturados | 0,06 | 58,95 |
Imóveis | 1,02 | 6,56 |
Empréstimos | 1,14 | 12,41 |
Categorias renda fixa e variável (%) | Novembro | Acumulado no ano |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 0,78 | 11,49 |
Crédito privado | 0,72 | 12,29 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança | -2,29 | -1,56 |
Livre | 3,12 | 14,54 |
Referenciais (%) | Novembro | Acumulado no ano |
CDI | 0,49 | 5,90 |
Ibovespa | 2,38 | 17,15 |
IPCA | -0,21 | 3,59 |