PP-2 bate meta atuarial em abril e no quadrimestre

O Plano Petros-2 (PP-2) obteve rentabilidade de 0,69% em abril, acima da meta atuarial de 0,60% para o mês. No primeiro quadrimestre, o plano também bateu a meta: 3,11% frente ao objetivo de 2,99%.

Embora represente apenas 6% dos investimentos do plano, o resultado da renda variável (ações negociadas em bolsa, fundos e participações em empresas) foi o principal responsável pelo desempenho do plano em abril. O segmento apresentou retorno de 1,57%, superando, inclusive, os principais referenciais de mercado: IBrX100 (0,88%) e Ibovespa (0,64%), que foram impactados pela cautela dos investidores em função do cenário político. Esse descolamento ocorreu devido à alta das ações da BRF no período, papéis que respondem por quase 30% dos investimentos do PP-2 em renda variável.

A renda fixa (títulos públicos, privados e fundos), que responde por 85% dos ativos do plano, também contribuiu para a rentabilidade do mês. O segmento registrou valorização de 0,63%, em grande parte, devido à boa performance da carteira de títulos públicos indexada à inflação, que não sofreu o impacto da variação da taxa de juros no período, porque esses títulos são avaliados pelo valor de vencimento do papel e não sofrem as oscilações do mercado.

Os investimentos estruturados – compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos –  também tiveram boa performance, com retorno de 3,34% em abril, refletindo o recebimento de dividendos de empresas que fazem parte desses FIPs.  

Os empréstimos registraram retorno de 0,99%. Já a carteira de imóveis teve impacto negativo no mês, com desvalorização de 2,45%, devido a reavaliações dos ativos que compõem a carteira do plano. 

Resultado acumulado até abril

O desempenho de 3,11% acumulado no ano foi puxado pela renda fixa, com rentabilidade de 3,32%. Nos quatro primeiros meses do ano, os FIPs registraram alta de 6,36% e os empréstimos, de 3,82%. Por outro lado, o segmento de renda variável acumula desvalorização de 0,28% e o de imóveis, de 0,32%.
 

* A rentabilidade total do plano é o retorno dos investimentos, descontados outros fatores que interferem no resultado, como, por exemplo, despesas de custeio administrativo.

Composição da carteira do PP-2 (%)

Movimentação do PP-2 em abril

• Patrimônio de cobertura do plano (ativos): são todos os investimentos que o plano possui, mais outros recursos que ele tem a receber.

• Compromissos futuros do plano (passivo): são os valores comprometidos com os pagamentos de benefícios de todos os participantes, seguindo o que está previsto no regulamento do plano.

• Equilíbrio técnico: é basicamente a diferença entre os compromissos futuros e o patrimônio do plano. Sofre variações para mais ou para menos, de acordo com a movimentação desses compromissos e a rentabilidade dos investimentos. Quando os compromissos futuros ficam maiores que o patrimônio ocorre déficit. Quando a situação é inversa, há superávit.

Saiba mais: Apesar da rentabilidade superior à meta atuarial, o superávit do PP-2 caiu de R$ 73 milhões, em março, para R$ 67 milhões em abril. O resultado foi impactado pela redução das contribuições em função do Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) da Petrobras e BR Distribuidora, com registros de aposentadorias e resgate de saldos.

Veja a versão deste boletim em PDF