Rentabilidade do PP-2 ficou em 0,40% em fevereiro
O Plano Petros-2 (PP-2) rendeu 0,40% em fevereiro, frente a uma meta atuarial de 0,87% para o mês, enquanto a inflação medida pelo IPCA foi de 0,43%. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
Principal segmento entre as aplicações do plano, com cerca de 76% dos recursos, a renda fixa (que inclui títulos públicos e privados e fundos de renda fixa) se destacou em fevereiro. A rentabilidade foi de 0,69%, ganho bem superior ao do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência do segmento e avançou 0,49%. O desempenho positivo reflete a gestão ativa desses investimentos para aproveitar as oportunidades do mercado.
A renda variável — que reúne ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas e tem cerca de 17% dos recursos do plano — teve rentabilidade negativa de 1,26% em fevereiro, enquanto o Ibovespa, referência para o mercado de renda variável, caiu 1,86%. A alta das ações de Litel (3,92%) e IRB (4,39%) contribuiu para limitar a queda da renda variável do plano, além do desempenho da carteira dos FIA terceirizados, com recuo menor que o do Ibovespa. Por outro lado, o resultado sofreu impacto negativo de BRF, com perda de 12,62% no mês.
A carteira de operações aos participantes (empréstimos) registrou rendimento de 0,67% em fevereiro. O segmento responde por cerca de 3,5% dos recursos do PP-2. Já os investimentos imobiliários tiveram rentabilidade de 0,53% no mês.
Os investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos — renderam 3,41% em fevereiro.
Resultado acumulado no ano
Considerando o primeiro bimestre do ano, a rentabilidade do PP-2 foi de 2,64%, acima da meta atuarial de 1,63% para o período. A renda fixa desponta com bom desempenho nos números de janeiro e fevereiro, com variação de 2,18%, acima do CDI (referência do segmento, de 1,04%) e da inflação (0,75%).
Na renda variável, a rentabilidade ficou em 5,90%, enquanto a Bolsa teve ganho de 8,76%. Houve influência negativa do recuo nas ações de Vale (-7,65%) – sob impacto da tragédia em Brumadinho – e de BRF (-6,2%). A carteira de renda variável do PP-2 se diferencia da composição do Ibovespa, já que deve ser adequada aos compromissos de longo prazo do plano com seus participantes.
As operações aos participantes (empréstimos) tiveram valorização de 1,31%, enquanto os investimentos estruturados avançaram 4,77%. Os investimentos imobiliários, por sua vez, tiveram variação de 0,10%.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) | Fevereiro | Acumulado |
Total do plano | 0,40 | 2,64 |
Meta atuarial | 0,87 | 1,63 |
Composição da carteira
76% Renda Fixa | 17,5% Renda variável | 1% Investimentos estruturados | 2% Imóveis | 3,5% Empréstimos |
Resultado por segmento (%) | Fevereiro | Acumulado |
Renda fixa | 0,69 | 2,18 |
Renda variável | -1,26 | 5,90 |
Estruturados | 3,41 | 4,77 |
Imobiliário | 0,53 | 0,10 |
Operações com participantes (empréstimos) | 0,67 | 1,31 |
* Nomes das categorias de investimentos foram alterados para adequação à instrução normativa 4661, da Previc. Categorias renda fixa e variável (%) | Fevereiro | Acumulado |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 0,75 | 2,35 |
Crédito privado | 1,23 | 2,70 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança | 0,63 | -1,07 |
Livre | -1,74 | 7,91 |
Referenciais (%) | Fevereiro | Acumulado |
CDI | 0,49 | 1,04 |
Ibovespa | -1,86 | 8,76 |
IPCA | 0,43 | 0,75 |