PP-2 tem rentabilidade de 0,28% em junho
O Plano Petros-2 (PP-2) teve rentabilidade de 0,28% em junho, frente à meta atuarial de 1,70% no mês. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros. O resultado foi pressionado pelos investimentos em renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas) que respondem por 12% do plano. Junho foi um mês de perdas para o mercado: o Ibovespa, principal referência da B3 (antiga BM&FBovespa) caiu 5,2%.
Na renda fixa (que inclui títulos públicos e privados e fundos de renda fixa e responde por 80% dos investimentos do PP-2), a rentabilidade foi de 1,01% em junho. A taxa ficou bem acima da alta de 0,52% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência para o segmento.
Se considerados apenas os investimentos em títulos públicos, a rentabilidade chegou a 1,08%. Esta carteira concentra 71,73% das aplicações do Petros-2. Os ganhos foram influenciados positivamente pelo desempenho dos títulos públicos “mantidos até o vencimento”, com alta de 1,40% em junho. Os títulos privados e os fundos de renda fixa também tiveram comportamento favorável, com taxas de 1,01% e 0,63%, respectivamente.
Por outro lado, houve influência negativa dos títulos “marcados a mercado” – papéis cujo valor varia de acordo com o preço de negociação a cada momento –, com queda de 0,58%. Houve ajuste nas expectativas de taxa de juros para o futuro, o que afetou especialmente os títulos de prazo mais longo, que são a maioria desses papéis.
A renda variável registrou queda de 4,54% em junho, influenciada pelo recuo de 4,34% dos fundos de ações, que acompanharam as perdas do Ibovespa. Também tiveram rentabilidade negativa a carteira de participações em empresas (-5,45%) – refletindo o recuo de 2,27% das ações de Litel (que investe na Vale e representa 54% da carteira de participações) e de 15,97% da BRF (24% da carteira).
Os investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários — tiveram rentabilidade de 0,25%. Representam 3% dos recursos do Petros-2 . Já o segmento de imóveis (2% dos recursos do plano) avançou 0,37%, e a carteira de empréstimos aos participantes — onde estão aplicados 4% dos investimentos do plano — subiu 0,89%.
Resultado acumulado no ano
Com o desempenho de junho, o Petros-2 acumulou rentabilidade de 3,18% no primeiro semestre do ano, abaixo da meta atuarial (5,34%). Os investimentos em renda fixa tiveram rentabilidade de 4,14%, acima do CDI (3,18%), que é referência para o segmento, enquanto os de renda variável registraram queda de 6,84%. Já os empréstimos tiveram alta de 5,97% nos seis primeiros meses do ano.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) | Junho | Acumulado no ano |
Total do plano | 0,28% | 3,18* |
Meta atuarial | 1,70 | 5,34 |
*A rentabilidade total do plano é o retorno dos investimentos, descontados outros fatores que interferem no resultado.
Composição da carteira
80% Renda Fixa | 12% Renda variável | 2% Investimentos estruturados | 2% Imóveis | 4% Empréstimos |
Resultado por segmento (%) | Junho | Acumulado no ano |
Renda fixa | 1,01 | 4,14 |
Renda variável | -4,54 | -6,84 |
Investimentos estruturados | 0,25 | 21,28 |
Imóveis | 0,37 | 0,28 |
Empréstimos | 0,89 | 5,97 |
Categorias renda fixa e variável (%) | Junho | Acumulado no ano |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 1,08 | 4,65 |
Crédito privado | 1,01 | 5,17 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança | -5,45 | -12,05 |
Livre | -4,32 | -4,57 |
Referenciais (%) | Junho | Acumulado no ano |
CDI | 0,52 | 3,18 |
Ibovespa | -5,20 | -4,76 |