PP-2 tem rentabilidade de 0,31% em agosto
O Plano Petros-2 (PP-2) teve rentabilidade de 0,31% em agosto, frente à meta atuarial de 0,35% no mês. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
O resultado foi puxado pela renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa), que responde por cerca de 80% dos investimentos do PP-2). A rentabilidade foi de 0,68% no mês e superou o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), referência do segmento, que subiu 0,57% no mesmo período. O desempenho foi influenciado positivamente pelos títulos públicos “levados até o vencimento”, que tiveram alta de 1,30%. Já os títulos “marcados a mercado” – papéis cujo valor varia de acordo com o preço de negociação a cada momento – tiveram perda de 1%. Esses papéis foram afetados pelo aumento da volatilidade no mercado de juros futuros.
Já os investimentos em renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas), que representam cerca de 12% dos recursos do plano, tiveram queda de 3,63% no mês, seguindo a tendência do principal índice de referência do mercado, o Ibovespa, que caiu 3,21% no mês. O mercado de ações foi prejudicado pela percepção de aumento de risco tanto pelo cenário externo quanto pelo quadro eleitoral do Brasil.
O destaque positivo veio dos investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários —, que subiram 7,19% em agosto.
Já o segmento de imóveis, com cerca de 2% dos recursos do plano, avançou 0,70%. A carteira de empréstimos aos participantes — onde estão aplicados perto de 4% dos investimentos do plano — subiu 1,05%.
Resultado acumulado no ano
Com o desempenho de agosto, o PP-2 acumulou rentabilidade de 5,84% nos primeiros oito meses do ano, abaixo da meta atuarial (6,52%). Os investimentos em renda fixa renderam 6,61%, bem acima do CDI (4,32%), que é referência para o segmento. Já os recursos aplicados em renda variável registraram queda de 2,95% até agosto. Em igual período, o Ibovespa avançou 0,36%. A carteira do plano tem sido impactada negativamente pela queda nas ações de BRF, que vêm registrando desempenho desfavorável em 2018. Já os empréstimos tiveram alta de 8,21% nos sete primeiros meses do ano.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) |
Agosto |
Acumulado no ano |
Total do plano |
0,31 |
5,84 |
Meta atuarial |
0,35 |
6,52 |
Composição da carteira
80%
Renda Fixa |
12%
Renda variável |
2,5%
Investimentos estruturados |
1,5%
Imóveis |
4%
Empréstimos |
Resultado por segmento (%) |
Agosto |
Acumulado no ano |
Renda fixa |
0,68 |
6,61 |
Renda variável |
-3,63 |
-2,95 |
Investimentos estruturados |
7,19 |
38,64 |
Imóveis |
0,70 |
2,17 |
Empréstimos |
1,05 |
8,21 |
Categorias renda fixa e variável (%) |
Agosto |
Acumulado no ano |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo |
0,94 |
7,37 |
Crédito privado |
0,55 |
7,57 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança |
-3,61 |
-4,44 |
Livre |
-3,63 |
-1,59 |
Referenciais (%) |
Agosto |
Acumulado no ano |
CDI |
0,57 |
4,32 |
Ibovespa |
-3,21 |
0,36 |