PP-2 rende 0,58% em março e bate a meta atuarial
O Plano Petros-2 (PP-2) teve rentabilidade de 0,58% em março, superior à meta atuarial do mês, que era de 0,53%. O resultado foi impulsionado pela valorização da renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa), que corresponde a 82% dos investimentos do plano e rendeu 0,78%, superando o CDI (0,53%), que é referência para este segmento. No primeiro trimestre do ano, o PP-2 acumula alta de 3,09%, acima da meta do período, que era de 2,03%.
Ainda na renda fixa, a carteira de longo prazo, que reúne majoritariamente títulos públicos, subiu 0,81%, influenciada pela alta de 1,33% dos papéis do governo que têm seu valor marcado a mercado, isto é, estão sujeitos a oscilações constantes de preços. Os títulos com prazos mais longos tiveram resultado negativo, mas como a representatividade é pequena, não houve impacto significativo na carteira. Também contribuíram para o bom desempenho da renda fixa os títulos públicos levados até o vencimento, que valorizaram 0,75%. A carteira de crédito privado obteve retorno de 0,78%, ficando acima da meta
Destaque também para os investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários —, que foram os que registraram a maior alta do mês: 6,95%. Foi reflexo da forte valorização do FIP Caixa Barcelona, responsável por quase 80% dos investimentos do segmento. Este FIP investe em IRB Brasil Resseguros, cujas ações tiveram significativa alta em março.
A renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas), que concentra 10% dos recursos do PP-2, caiu 2,53% em março, num movimento descolado do Ibovespa (0,01%), índice usado como referência. O resultado foi influenciado pela desvalorização de 11,20% da carteira governança (participações em empresas nas quais a Fundação tem fatia relevante), em função da queda de 23,69% nas ações de BRF durante o mês de março. Por outro lado, a carteira livre, que reúne ações de alta liquidez negociadas na Bolsa de Valores e fundos de ações, teve alta de 0,35% no mês.
Os imóveis, que correspondem a 2% dos investimentos do PP-2, apresentaram ganho de 1%, em função da rentabilidade obtida com receita de locação. E a carteira de empréstimos aos participantes, onde estão aplicados 4% dos investimentos do plano, avançou 0,98%, também superando a meta de março.
Resultado acumulado no ano
No primeiro trimestre do ano, os investimentos do plano acumularam alta de 3,09%, acima da meta atuarial para o período (2,03%). O melhor resultado foi da renda variável, com valorização de 4,95%, impulsionada pela boa performance da carteira livre (ações de alta liquidez e fundos de ações), que subiu 11,74% até março, em linha com o Ibovespa (11,73%). Destaque também para os investimentos estruturados, que tiveram rentabilidade acumulada de 11,26%. Na renda fixa, o crescimento nos três primeiros meses do ano foi de 2,74%, quase o dobro do CDI (1,59%). Já os empréstimos valorizaram 3,13%. Por outro lado, o segmento de imóveis registrou desvalorização de 1,12% no período.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) | Março | Acumulado no ano |
Total do plano | 0,58 | 3,09* |
Meta atuarial | 0,53 | 2,03 |
*A rentabilidade total do plano é o retorno dos investimentos, descontados outros fatores que interferem no resultado.
Composição da carteira
82% Renda Fixa | 10% Renda variável | 2% Investimentos estruturados | 2% Imóveis | 4% Empréstimos |
Resultado por segmento (%) | Março | Acumulado no ano |
Renda fixa | 0,78 | 2,72 |
Renda variável | - 2,53 | 4,95 |
Investimentos estruturados | 6,95 | 11,26 |
Imóveis | 1,00 | -1,12 |
Empréstimos | 0,98 | 3,13 |
Categorias renda fixa e variável (%) | Março | Acumulado no ano |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 0,81 | 2,82 |
Crédito privado | 0,78 | 2,94 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança | -11,20 | -12,99 |
Livre | 0,35 | 11,74 |
Referenciais (%) | Março | Acumulado no ano |
CDI | 0,53 | 1,59 |
Ibovespa | 0,01 | 11,73 |