PP-2 tem rentabilidade negativa de 1,07% em maio
O Plano Petros-2 (PP-2) registrou queda de 1,07% em maio frente à meta atuarial de 0,84% para o mês, em função do resultado negativo nas rendas fixa e variável, que juntas representam 93% dos recursos do plano.
Na renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa), que concentra 80% dos investimentos do PP-2, houve queda de 0,21% no mês contra alta de 0,52% do CDI, referência do segmento. O desempenho reflete desvalorização de 3,65% dos títulos públicos que têm seu valor marcado a mercado, isto é, estão sujeitos a oscilações constantes de preços. O resultado desses papeis, principalmente os de prazos mais longos, foi pressionado pela expectativa do mercado de uma antecipação do ciclo de elevação da Selic, a taxa básica de juros da economia.
Por outro lado, os papéis levados até o vencimento renderam 0,72%, reduzindo o impacto negativo no segmento. Também apresentaram performance positiva os títulos privados (0,16%) e os fundos de renda fixa (0,53%).
Representando 12% dos investimentos do plano, a renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas) sofreu forte retração de 8,76%, influenciada principalmente pela queda de 10,38% na carteira livre (que reúne ações de alta liquidez negociadas na Bolsa de Valores e fundos de ações). Essa queda foi concentrada nos fundos de ações e acompanhou o Ibovespa (-10,87%), que teve o pior desempenho mensal em quase quatro anos. Também pressionou negativamente o segmento a carteira de participações em empresas, que recuou 2,91% em função das ações da BRF, que caíram 13,63% em maio.
Do lado positivo, destaque para os investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários —, que concentram 3% dos recursos do plano e tiveram alta de 1,25%. O resultado foi puxado novamente pela valorização (1,92%) do FIP Caixa Barcelona, que investe em IRB Brasil Resseguros e representa 60% do segmento.
Com 2% dos recursos do plano, o segmento de imóveis teve ganho de 0,62% e a carteira de empréstimos aos participantes, onde estão aplicados 4% dos investimentos, subiu 0,80%.
Resultado acumulado no ano
Em função da desvalorização registrada em maio, a rentabilidade acumulada pelo plano nos primeiros cinco meses do ano ficou em 2,90%, aquém da meta atuarial de 3,57% para o período. Os investimentos estruturados tiveram rentabilidade de 20,97% e se mantiveram em destaque. Apesar da forte queda em maio, a renda fixa acumulou alta de 3,11% de janeiro a maio, superando o CDI (2,64%). Por outro lado, a renda variável apresentou retração de 2,40% no mesmo período. Já os empréstimos acumularam alta de 5,03% e os imóveis tiveram queda de 0,09%.
Desempenho do plano X meta atuarial (%) |
Maio |
Acumulado no ano |
Total do plano |
- 1,07% |
2,90* |
Meta atuarial |
0,84 |
3,57 |
*A rentabilidade total do plano é o retorno dos investimentos, descontados outros fatores que interferem no resultado.
Composição da carteira
80%
Renda Fixa |
12%
Renda variável |
2%
Investimentos estruturados |
2%
Imóveis |
4%
Empréstimos |
Resultado por segmento (%) |
Maio |
Acumulado no ano |
Renda fixa |
-0,21 |
3,11 |
Renda variável |
-8,76 |
-2,40 |
Investimentos estruturados |
1,25 |
20,97 |
Imóveis |
0,62 |
-0,09 |
Empréstimos |
0,80 |
5,03 |
Categorias renda fixa e variável (%) |
Maio |
Acumulado no ano |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo |
0,08 |
3,54 |
Crédito privado |
0,16 |
4,12 |
RENDA VARIÁVEL |
Governança |
-2,91 |
-6,98 |
Livre |
-10,38 |
-0,26 |
Referenciais (%) |
Maio |
Acumulado no ano |
CDI |
0,52 |
2,64 |
Ibovespa |
-10,87 |
0,46 |