Rentabilidade é afetada pela crise política e recua 1,47% em maio No primeiro trimestre, o PPSP teve boa rentabilidade, de 3,43%, acima da meta atuarial para o período (2,41%), mas, a partir de abril, o desempenho começou a mudar. A crise política, que se agravou em maio, teve impacto sobre todo o mercado e também se refletiu no desempenho dos investimentos do plano. Com isso, a rentabilidade do PPSP em maio ficou negativa em 1,47%, contra uma meta atuarial de 0,79%. Mesmo assim, dois segmentos ainda registraram resultado positivo: os empréstimos aos participantes, que representam 4,5% do patrimônio do plano, encerraram o mês com rentabilidade de 1,10%; e a carteira de imóveis, que responde por 8% dos investimentos do PPSP, fechou maio com rendimento de 0,47%. A carteira de renda variável (ações e participações em empresas) teve rentabilidade de -0,06% em maio, um desempenho bem melhor do que o do principal indicador de mercado, o IBrX 100, que perdeu 3,66% no mês, e o Ibovespa (-4,12%), graças à carteira de participações do PPSP, que teve desempenho positivo de 0,88% em maio. O segmento de renda fixa (títulos públicos, privados e fundos) ficou no negativo em maio (-1,27%) em grande parte por causa do desempenho da carteira de títulos públicos, formada em sua maioria por títulos marcados a mercado, cujos preços sofrem variações constantes e foram afetados pelo aprofundamento da crise política. Já os investimentos estruturados, compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos, tiveram queda de 17,28% no mês, por causa da variação da cota do FIP Florestal (Eldorado), que passou a refletir a atualização do valor das ações da empresa de celulose, devido ao novo laudo de avaliação econômico-financeira, contratado pelo administrador do fundo. Resultado acumulado no ano De janeiro a maio de 2017, o plano acumulou rentabilidade de 2,10%, contra uma meta atuarial de 3,85% para o período. Os empréstimos tiveram rentabilidade de 5,52% no ano. A renda fixa acumulou 5,18%, acima do CDI, que serve de referência e que teve rentabilidade de 4,80% de janeiro a maio. Já a renda variável teve um desempenho de 0,93% nos cinco primeiros meses do ano, abaixo dos 5,10% registrados no mesmo período pelo IBrX 100 e dos 4,12% do Ibovespa. Ficaram no negativo a carteira de imóveis (-0,58%) e a de investimentos estruturados (-18,39%). No caso dos investimentos estruturados, que representam uma fatia de 4,5% do PPSP, a rentabilidade acumulada nos cinco primeiros meses se deve o fraco desempenho desta carteira especificamente no mês de maio.  * A rentabilidade total do plano é o retorno dos investimentos, descontados outros fatores que interferem no resultado, como por exemplo, despesas de custeio administrativo.  Composição da carteira do PPSP (%)  Movimentação do PPSP em maio  - Patrimônio de cobertura do plano (ativos): são todos os investimentos que o plano possui, mais outros recursos que ele tem a receber.
- Compromissos futuros do plano (passivo): são os valores comprometidos com os pagamentos de benefícios de todos os participantes, seguindo o que está previsto no regulamento do plano.
- Equilíbrio técnico: é basicamente a diferença entre os compromissos futuros e o patrimônio do plano. Sofre variações para mais ou para menos, de acordo com a movimentação desses compromissos e a rentabilidade dos investimentos. Quando os compromissos futuros ficam maiores que o patrimônio ocorre déficit. Quando a situação é inversa, há superávit.
Saiba mais: O déficit acumulado passou de R$ 27,066 bilhões, em abril, para R$ 28,050 bilhões, em maio, em função de os investimentos não terem batido a meta atuarial do mês, enquanto os compromissos futuros do plano, que incluem o déficit, são automaticamente corrigidos pela meta atuarial. Por outro lado, os compromissos futuros do plano registraram impacto positivo, devido a uma pequena redução do passivo de 0,05%. Veja a versão deste boletim em PDF |