Março/2020
Desempenho dos investimentos
Investimentos do PPSP-R têm rentabilidade negativa de 12,58% em março
A crise inédita na economia mundial em função da pandemia de coronavírus afetou os investimentos de todo o mercado e também os da Petros e do Plano Petros do Sistema Petrobras-Repactuados (PPSP-NR). As perdas em março foram comparáveis às das crises de 1929 e 2008, com desvalorizações recordes dos ativos.
A Petros já está adaptando sua carteira de investimentos às novas circunstâncias, revisitando as Políticas de Investimentos para se ajustar à nova realidade. As estratégias seguirão com foco no longo prazo, avaliando os riscos envolvidos tanto sobre o ativo como sobre o descasamento do passivo de cada plano.
Diante do cenário, a rentabilidade dos investimentos do PPSP-R ficou negativa em 12,58% em março, frente a uma meta atuarial de 0,43%. A meta prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
A renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa) – com cerca de 67% dos recursos do plano – fechou o mês com rentabilidade negativa de 7,50%, enquanto o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência para o segmento, avançou 0,34%. O investimento em renda fixa, em grande parte composto por títulos públicos marcados “a mercado”, sofreu o impacto da alta dos juros dos títulos de inflação de longo prazo. Na marcação a mercado, os preços dos títulos são atualizados pelos respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos líquidos ou, nos demais casos, por uma estimativa adequada de preço que o ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado. Assim, a carteira reflete de forma mais transparente e imediata as oscilações, ainda que os ganhos ou prejuízos só sejam efetivamente realizados se o título for vendido.
Já os investimentos em renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas) foram os mais afetados pela crise e tiveram rentabilidade negativa de 33,67%. A perda acompanha o desempenho negativo do Ibovespa, principal referência da B3 (antiga BM&FBovespa), com recuo de 29,90% em março.
No segmento, houve impacto da desvalorização de 30,18% na carteira de ações de giro (de negociação livre) e de 18,91% da carteira de ações de participação em empresas. Entre as principais companhias investidas, houve recuo nas ações de BRF (-44,19%), Litel (holding que controla a Vale, com -2,47%) e Vale (-2,46%).
O rendimento das operações com participantes (empréstimos) foi de 0,46%, enquanto o do investimento imobiliário ficou em 0,35%. Já o segmento estruturado – composto por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) teve valorização de 3,11% em março.
Resultado acumulado no ano
No primeiro bimestre do ano, o PPSP-R acumulou rentabilidade negativa de 15,33%. A meta atuarial do plano neste período foi de 1,63%. Tanto a renda fixa quanto a renda variável foram influenciadas pela crise.
Na renda fixa, o rendimento ficou negativo em 7,34%, enquanto o CDI, referência do segmento, teve variação de 1,01%. Já a renda variável acumulou perda de 43,00%. A retração do Ibovespa no período foi de 36,86%.
O segmento estruturado foi o de melhor desempenho no trimestre, com rentabilidade de 3,20%. Já a carteira de operações com participantes (empréstimos) rendeu 2,91%. No segmento imobiliário, o ganho foi de 1,20%.
Desempenho do plano X meta atuarial Março Acumulado Investimentos do plano -12,58% -15,33% Meta atuarial 0,43% 1,63% Composição da carteira
63,37%
Renda fixa20,36%
Renda variável1,01%
Estruturado7,40%
Imobiliário3,86%
Operações com participantes (empréstimos)
* Os nomes das categorias de investimentos foram alterados para adequação à instrução normativa 4661, da Previc.Resultado por segmento Março Acumulado Renda fixa -7,50% -7,34% Renda variável -33,67% -43,00% Estruturado 3,11% 3,20% Imobiliário* 3,20% 1,20% Operações com participantes (empréstimos) 0,46% 2,91%
Categorias renda fixa e variável Março Acumulado RENDA FIXA Renda fixa de longo prazo -10,28% -10,31% Crédito privado -0,34% 2,85% RENDA VARIÁVEL Governança (participação em empresas) -18,91% -29,78% Livre -31,06% -34,58%
Referenciais Março Acumulado CDI 0,34% 1,01% Ibovespa -29,90% -36,86% IPCA 0,07% 0,53% Movimentação do plano
O PPSP-R encerrou março com 44.357 participantes, dos quais 8.571 ativos e 35.786 assistidos (aposentados e pensionistas). No mês, houve ao todo 173 novas concessões.
Benefícios concedidos Aposentadorias Auxílio-doença Pensões por morte Pecúlios Novas concessões 124 0 16 33 173 Resultado do plano
O PPSP-R registrou déficit acumulado de R$ 10,417 bilhões em março de 2020.
Patrimônio de cobertura:
R$ 41,556 bilhões (ativos)Todos os investimentos que o plano possui mais outros recursos que tem a receber.
Compromissos futuros:
R$ 51,973 bilhões (passivo)Valores comprometidos com os pagamentos de benefícios de todos os participantes, seguindo o regulamento do plano.
Equilíbrio técnico: - R$ 10,417 bilhõesDiferença entre compromissos futuros e patrimônio. Sofre variações para mais ou para menos, de acordo com a movimentação dos compromissos e a rentabilidade. Quando esses compromissos ficam maiores que o patrimônio ocorre déficit. Quando a situação é inversa, há superávit.
RESUMO DO RESULTADO ACUMULADO (JAN - MAR 2020) R$ milhões Resultado acumulado em 31/12/2019 -2.309 IMPACTOS POSITIVOS (JAN-MAR) Evolução dos resultados a realizar 71 IMPACTOS NEGATIVOS (JAN-MAR) Resultado líquido dos investimentos -6.979 Resultado previdencial (pagamento de benefícios menos recebimento de contribuições e atualização de contingências judiciais com perda provável) -237 Evolução das provisões matemáticas (compromissos futuros) -963 EQUILÍBRIO TÉCNICO -10.417