Investimentos do PPSP-R superam meta e rendem 2,05% em setembro
Os investimentos do Plano Petros do Sistema Petrobras-Repactuados (PPSP-R) superaram a meta atuarial e renderam 2,05% em setembro. A meta era de 0,39%, em um mês em que houve deflação de 0,04%. A meta atuarial prevê o rendimento necessário para que o plano possa fazer frente a seus compromissos atuais e futuros.
O principal destaque no mês foi a renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa), que responde por cerca de 67% dos recursos do plano. A rentabilidade foi de 2,62%, bem acima do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é referência para o segmento e avançou 0,46%. A estratégia de gestão ativa dos recursos tem ajudado a impulsionar os resultados.
Na renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas), o ganho foi de 1,67% no mês, enquanto o Ibovespa, principal referência da B3 (antiga BM&FBovespa), teve alta de 3,57%. Os Fundos de Investimentos em Ações (FIAs) terceirizados avançaram 1,77%, enquanto a carteira de participação, que tem um peso de 69% na renda variável do PPSP-R, rendeu 1,93% no mês.
As operações aos participantes (empréstimos) obtiveram rentabilidade de 0,95% em setembro. Dois segmentos tiveram rentabilidade negativa: o investimento estruturado – Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos –, com perda de 5,98%, e o imobiliário, de 0,15%.
Resultado acumulado no ano supera meta atuarial
Ao fim do terceiro trimestre de 2019, a rentabilidade dos investimentos do PPSP-R atingiu 18,96%, quase três vezes a meta atuarial do período, de 6,52%. A inflação foi de 2,49%.
Também nos dados acumulados ao longo do ano, a renda fixa se destacou, com uma rentabilidade de 21,51%, muito acima dos 4,66% do CDI no período. O resultado reflete a gestão ativa desses investimentos. A melhora do cenário econômico provocou a redução da taxa de juros dos títulos públicos atrelados à inflação (NTN-Bs). Quando isso ocorre, o preço do papel se valoriza, favorecendo o desempenho da carteira de renda fixa como um todo.
A renda variável, por sua vez, rendeu 21,48% até setembro, acima do desempenho do Ibovespa, que subiu 19,18%. O bom resultado se dá principalmente pela rentabilidade dos FIAs terceirizados (28,94%). A queda das ações de Litel (holding que controla a Vale) teve influência negativa no resultado.
A rentabilidade das operações com participantes (empréstimos) chegou a 8,45% e no segmento imobiliário, a 3,44%. Já o investimento estruturado teve rentabilidade negativa de 3,90%.
Desempenho do plano X meta atuarial | Setembro | Acumulado |
Investimentos do plano | 2,05% | 18,96% |
Meta atuarial | 0,39% | 6,52% |
Composição da carteira
67,89% Renda fixa | 20,55% Renda variável | 1,18% Estruturado | 6,22% Imobiliário | 4,16% Operações com participantes (empréstimos) |
Resultado por segmento | Setembro | Acumulado |
Renda fixa | 2,62% | 21,51% |
Renda variável | 1,67% | 21,48% |
Estruturado | -5,98% | -3,90% |
Imobiliário* | -0,15% | 3,44% |
Operações com participantes (empréstimos)* | 0,95% | 8,45% |
* Os nomes das categorias de investimentos foram alterados para adequação à instrução normativa 4661, da Previc. Categorias renda fixa e variável | Setembro | Acumulado |
RENDA FIXA |
Renda fixa de longo prazo | 3,52% | 26,16% |
Crédito privado | 1,65% | 12,99% |
RENDA VARIÁVEL |
Governança | 1,93% | 21,47% |
Livre | 2,54% | 22,40% |
Referenciais | Setembro | Acumulado |
CDI | 0,46% | 4,66% |
Ibovespa | 3,57% | 19,18% |
IPCA | -0,04% | 2,49% |