A taxa de desemprego fechou o primeiro trimestre do ano em 13,1%, maior nível desde maio do ano passado e acima das previsões de mercado (12,9%). O IPCA, índice oficial de inflação, subiu para 0,22%, abaixo do esperado pelo mercado (0,28%). Esse resultado reforça o cenário de manutenção dos juros em 6,50% ao ano em 2018. No acumulado em 12 meses, a inflação registrou alta de 2,76%.
Já o Ibovespa terminou o mês com leve alta de 0,88%, chegando aos 86.115 pontos. Com isso, acumulou valorização de 31,67% em 12 meses, bem acima dos 8,12% do CDI para o mesmo período. E o dólar fechou abril com avanço de 4,73%, a R$ 3,48, pela cotação do Banco Central.
No cenário externo, o Comitê de Política Monetária do Banco Central dos EUA decidiu manter a taxa básica de juros inalterada, entre 1,50% e 1,75%. Os indicadores da economia americana seguiram em ritmo de expansão e elevaram as apostas de quatro altas dos juros esse ano naquele país. Esse movimento explica, em parte, a valorização do dólar nos últimos meses. Porém, ainda não há indícios de pressões inflacionárias significativas. Já os títulos do tesouro dos EUA – os Treasuries, com prazo de vencimento de 10 anos, subiram 3% em abril, a maior valorização desde janeiro de 2014.
Desempenho dos investimentos
PP-2 tem rentabilidade de 0,89% em abril, acima da meta atuarial
O Plano Petros-2 (PP-2) registrou rendimento de 0,89% em abril, superior à meta atuarial do mês, que foi de 0,66%, com desempenho positivo em todos os segmentos de investimentos. No acumulado de janeiro a abril, o plano teve valorização de 4%, superando a meta de 2,71% para o período.
Com 82% dos ativos do plano, a renda fixa (títulos públicos e privados e fundos de renda fixa) subiu 0,59% em abril, acima do CDI (0,52%), referência do segmento. A carteira de longo prazo, que reúne majoritariamente títulos públicos, rendeu 0,61%, influenciada pela alta de 0,68% dos papéis levados até o vencimento. Por outro lado, os títulos do governo que têm seu valor marcado a mercado, isto é, estão sujeitos a oscilações constantes de preços, ficaram praticamente estáveis, com apenas 0,08% de variação. Contribuiu também para a rentabilidade de abril a valorização de 0,98% da carteira de crédito privado, em função do resultado das debêntures, que avançaram 1%.
A renda variável (ações negociadas em Bolsa, fundos de ações e participações em empresas), que concentra 10% dos recursos do PP-2, apresentou ganho de 1,93%, mais que o dobro do Ibovespa (0,88%), índice usado como referência. O resultado foi impulsionado pela forte alta da Litel, que investe na Vale (16,75%), e da BRF (8,63%), que juntas representam 18% dos investimentos em renda variável. O bom desempenho das companhias contribuiu para a carteira governança, que concentra as participações em empresas, encerrar o mês com ganho de 10,12%. No caso da BRF, foi resultado das expectativas positivas dos investidores em relação às mudanças na administração da empresa, ocorridas durante o mês de abril. A alta da Litel refletiu a valorização dos papéis da Vale. Já a carteira livre, que reúne ações de alta liquidez negociadas na Bolsa de Valores e fundos de ações, sofreu retração de 0,39%. Esse descolamento foi reflexo da performance negativa de alguns fundos de investimentos compostos por ações diferentes daquelas que subiram em abril.
Com expressiva alta de 7,39%, os investimentos estruturados — compostos por Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), veículos de investimento em empresas ou projetos de empreendimentos e fundos imobiliários —, que compõem 2% dos ativos do plano, foram o destaque do mês. Foi resultado, mais uma vez, da forte valorização de 12,92% do FIP Caixa Barcelona, que investe em IRB Brasil Resseguros, cujas ações seguiram em alta na Bolsa.
Representando 2% dos recursos do plano, os imóveis avançaram 0,42%, e a carteira de empréstimos aos participantes, onde estão aplicados 4% dos investimentos do PP-2, subiu 1,04%.
Resultado acumulado no ano
Os investimentos do PP-2 apresentaram valorização de 4% no acumulado de janeiro a abril, acima da meta atuarial de 2,71% para o período. Os investimentos estruturados tiveram rentabilidade de 19,48% e foram o destaque do período, seguidos pela renda variável, com retorno de 6,97%. O resultado foi puxado para cima pela boa performance da carteira livre, que, embora tenha caído em abril, acumulou rendimento de 11,30% nos quatro primeiros meses do ano, mantendo-se próxima do Ibovespa (12,71%). Na renda fixa, a alta acumulada no quadrimestre foi de 3,32%, acima do CDI (2,12%). Já os empréstimos registraram ganhos de 4,20%, e o segmento de imóveis registrou desvalorização de 0,71% no período.
Desempenho do plano X meta atuarial (%)
Abril
Acumulado no ano
Total do plano
0,89
4,00*
Meta atuarial
0,66
2,71
*A rentabilidade total do plano é o retorno dos investimentos, descontados outros fatores que interferem no resultado.
Composição da carteira
82% Renda Fixa
10% Renda variável
2% Investimentos estruturados
2% Imóveis
4% Empréstimos
Resultado por segmento (%)
Abril
Acumulado no ano
Renda fixa
0,59
3,32
Renda variável
1,93
6,97
Investimentos estruturados
7,39
19,48
Imóveis
0,42
-0,71
Empréstimos
1,04
4,20
Categorias renda fixa e variável (%)
Abril
Acumulado no ano
RENDA FIXA
Renda fixa de longo prazo
0,61
3,45
Crédito privado
0,98
3,95
RENDA VARIÁVEL
Governança
10,12
-4,18
Livre
-0,39
11,30
Referenciais (%)
Abril
Acumulado no ano
CDI
0,52
2,12
Ibovespa
0,88
12,71
Movimentação do plano
O PP-2 encerrou o mês de abril com 49.615 participantes, dos quais 46.214 ativos e 3.401 assistidos (aposentados e pensionistas). No mês, houve 26 novas concessões, conforme detalhado abaixo.
Benefícios concedidos
Aposentadorias
Auxílios-doença
Pensões por morte
Pecúlios
14
10
1
1
Resultado do plano
O superávit acumulado do PP-2 aumentou para R$ 344 milhões em abril, em função do resultado dos investimentos.
Patrimônio de cobertura: R$ 19 bilhões (ativos)
Todos os investimentos que o plano possui, mais outros recursos que ele tem a receber.
Compromissos futuros: R$ 18,656 bilhões(passivo)
Valores comprometidos com os pagamentos de benefícios de todos os participantes, seguindo o regulamento do plano.
Equilíbrio técnico: R$ 344 milhões
Diferença entre compromissos futuros e patrimônio. Sofre variações para mais ou para menos, de acordo com a movimentação dos compromissos e a rentabilidade. Quando esses compromissos ficam maiores que o patrimônio ocorre déficit. Quando a situação é inversa, há superávit.
RESUMO DO RESULTADO ACUMULADO (JAN-ABR 2018)
R$ milhões
Resultado acumulado em 2017
304
IMPACTOS POSITIVOS (JAN-ABR)
Resultado previdencial (pagamento de benefícios menos recebimento de contribuições + atualização de contingências judiciais – ações com perda provável)
694
Resultado líquido dos investimentos
724
Evolução dos fundos previdenciais
11
Evolução dos resultados a realizar
-
IMPACTOS NEGATIVOS (JAN-ABR)
Evolução das provisões matemáticas (compromissos futuros)